O suicídio é visto, frequentemente, como o resultado de um processo de decisão onde se consideram os aspectos positivos e negativos em estar vivo, chegando-se à conclusão que é melhor morrer. Está ligado a problemas de saúde mental que, se diagnosticados e tratados apropriadamente, podem levar a uma diminuição das tentativas e mortes relacionadas a ele. Objetivo. Realizar um levantamento bibliográfico sobre ideações e comportamentos suicidas bem como a identificação dos fatores de risco e dos principais sinais e sintomas em discentes e docentes de uma instituição de saúde de ensino superior. Método. Trata-se de uma revisão bibliográfica nas principais bases de dados eletrônicas nacionais e internacionais (PubMed, Medline, Lilacs e SciELO), referentes ao período de 2009 a 2022. Resultados. Os resultados expostos revelam que no Brasil, em 2016, foram registradas mais de 11 mil mortes por suicídio. O número representa cerca de uma morte a cada 45 minutos. Ademais, fatores de risco como estresse social, perda de emprego, dificuldades financeiras, problemas de relacionamento, traumas incluindo abusos sexuais, depressão, esquizofrenia, abuso de álcool, baixa autoestima, doenças e dores crônicas foram os mais citados. Dessa forma, a literatura mostra uma alta prevalência de ideação suicida, sendo esta de 22% em estudantes da área da saúde, em relação aos docentes os estudos, embora precários, mostram que o uso das novas tecnologias em tempo de pandemia, contribuíram para uma sobrecarga de trabalho, aumento dos distúrbios do sono e sentimento de incapacidade para se adequar à nova realidade. Os principais sinais e sintomas relacionados à temática incluem: isolamento social, tristeza excessiva, queda no desempenho e autolesões. Conclusão. A pesquisa realizada ampliou o conhecimento a respeito de ideações e comportamentos suicidas em relação aos sinais e sintomas, incidência e fatores de risco, bem como, permitiu a identificação dessa temática como um grave problema de saúde pública, que deve ser discutido com urgência a fim de evitar e prevenir o aumento dos índices e/ou surgimento de eventos mais graves como o suicídio.