ENFERMAGEM, HANSENÍASE E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA A partir do conhecimento da realidade local da comunidade, seus costumes e crenças, demandas sociais e formas de trabalho, é possível planejar as ações assistenciais e educativas sobre hanseníase, associando a clínica ampliada ao sujeito, levando em consideração o espaço ao qual está inserido. A identificação de dispositivos como tecnologias, creche, posto da polícia e academia da cidade, subsidiam as ações e programação dos profissionais como dispositivos apoiadores. Objetivou identificar o perfil do território e comunidade, bem como dos dispositivos que a integram e apoiam o serviço de atenção à hanseníase com o auxílio de aplicativo educacional infohansen, a partir das experiências e posições dos Agentes Comunitários de Saúde, dos usuários do serviço, dos outros membros da equipe da atenção básica. Trata-se de um relato de experiência de um enfermeiro da atenção básica, estudante do mestrado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vinculado ao município de Caruaru, que realizou o processo de territorialização da sua unidade básica de saúde de atuação, baseada na análise das falas, indicadores de saúde, posicionamentos da comunidade e equipe, sobre a área adscrita para nortear o processo de trabalho e ações assistenciais da saúde à hanseníase a partir do conhecimento do território. Maioria das residências não contam com saneamento básico, ambientes com déficit de iluminação e ventilação, acesso as casas são difíceis, devido existência de ruas estreitas e presença de escadarias. Muitas famílias trabalham com confecção de roupas e algumas residências funcionam como pequenas fábricas. As características das residências e território contribuem para a transmissão da hanseníase. É importante destacar que é atribuição de todos os profissionais da atenção básica participar do processo de territorialização, de acordo com a Política Nacional de Atenção Básica, além de realizar o mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades que interferem no processo de adoecimento em relação à hanseníase. A utilização do aplicativo fortalece as ações de educação em saúde dos profissionais. Referências 1. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Boletim epidemiológico de hanseníase [Internet]. Brasília: MS; 2020. 2. Monteiro BR, Ataíde CAV, Silva CJA...