O conceito de gênero empregado pela sociedade coloca o homem, biologicamente XY, como o gênero forte, dominante, responsável, mantenedor do lar, entre outros conceitos empregados ao longo da história que o colocam como sexo inabalado, essa visão perpassa o contexto, atingindo a sociedade em vários aspectos, inclusive o homem em relação a sua saúde, sendo assim de acordo com o Ministério da Saúde a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem PNAISH tem como prioridade do governo estimular o autocuidado, a saúde como direito e cidadania. Com a característica de atenção integral, a política coloca como direito todos os níveis de atenção à disposição dos homens sendo que a atenção primária pelo foco em promoção à saúde e prevenção das doenças é a menos conhecida por eles. A política vem de um longo anseio da sociedade ao reconhecer doenças e agravos da saúde masculina com um verdadeiro problema de saúde. O objetivo é investigar os fatores que afastam o homem do serviço de saúde da atenção primária. Esse artigo trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática com base no Prisma de dados de 2012 a 2022 da base de dados Lilacs. Resultados: Os fatores obtidos foram: a cultura patriarcal enraizada na sociedade que intitula o homem como o gênero forte, invulnerável que não precisa de cuidados com a saúde, já que não a reconhecem como inerente a sua condição biológica, o machismo, a desinformação tanto em relação ao conceito de promoção e prevenção quanto as funções da atenção primária, a diferença no atendimento de homens e mulheres, sendo que elas recebem informações mais completas e atendimentos com mais atenção, a falta de capacitação dos profissionais na área, a questão da precarização do sistema em relação a demora para marcação de consultas, poucos profissionais, não resolução de problemas no mesmo dia – fazendo com que procurem o pronto socorro pela visão de resolução rápida devido a visão curativista que existe ainda hoje, carga horaria de trabalho não condizente com os do serviço de saúde e o debate do espaço da APS ser feminizado visto que o ambiente e cheio de informativos e ações que são voltadas para mulheres, crianças e idosos. Conclusão: conhecer os fatores que afastam os homens do serviço de saúde e de extrema relevância pois assim é possível que estratégias para todos os âmbitos sejam pensadas e adotadas, atraindo assim o homem para a prevenção e promoção contribuindo para a efetivação da PNAISH e da resolutividade da AB.