Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PREVALÊNCIA DE SINTOMAS NÃO PSICÓTICOS EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA E SEU IMPACTO ÉTICO
Relatoria:
Larissa Santos Nogueira
Autores:
- Sonia Regina Zerbetto
- Angélica Martins de Souza Gonçalves
- Ariene Angelini dos Santos-Orlandi
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os profissionais de enfermagem atuantes na pandemia COVID-19 estão vulneráveis ao estresse psicológico, podendo desencadear maior prevalência de sintomas não psicóticos, refletindo na dimensão ética da profissão. Este estudo justifica-se pelos possíveis impactos prejudiciais na vida pessoal e profissional, e dilemas éticos em enfermagem. Questiona-se os sintomas não psicóticos prevalentes entre os profissionais de enfermagem no contexto de trabalho pandêmico em serviços de saúde de uma cidade do interior paulista e seu impacto ético na profissão.Objetivo: Identificar os sintomas não psicóticos prevalentes entre os profissionais de enfermagem surgidos no contexto do trabalho no momento atual da pandemia e refletir sobre o impacto ético na Enfermagem. Metodologia: Estudo com apoio Fapesp, quantitativo, observacional e transversal, em realização com trabalhadores de enfermagem de serviços públicos de três níveis de atenção à saúde de um município do interior paulista. A coleta de dados ocorre online, desde março/2022, por meio de instrumento composto por informações sociodemográficas, laborais e pela escala Self Reporting Questionnarie (SRQ-20). Na análise descritiva dos dados foram estimadas distribuições de frequências. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados/Conclusão:Resultados parciais obtidos de amostra de 87 participantes, sendo 79,3% mulheres, 57,5% técnicas ou auxiliares de Enfermagem, 72,4% trabalharam na linha de frente. A escala SRQ-20 apontou que 55,3% têm sintomas não-psicóticos. Os principais sintomas identificados, nos últimos 30 dias, foram: sentir-se nervoso, tenso ou preocupado (74,7%); dormir mal (74,7%); desinteresse (48,3%); sentir-se cansado (o tempo todo e com facilidade) (66,7%). O dilema ético na pandemia envolve refletir sobre os riscos no exercício profissional derivados das precárias condições de trabalho e a responsabilidade profissional, desencadeando sofrimento mental. Conclui-se que os trabalhadores de enfermagem estão em situação de sofrimento mental, o que requer atenção especial, acompanhamento constante e futuro. Tal situação tem impacto na dimensão ética, pois o sofrimento mental e as condições de trabalho precárias decorrentes da pandemia tornam os profissionais de enfermagem vulneráveis e geram conflitos ético e moral em áreas de responsabilidade profissional, segurança do paciente/profissional e respeito na assistência, importantes preceitos éticos da profissão.