Introdução: os desafios para a incorporação tecnológica nos sistemas de saúde têm sido alvos de constantes discussões entre gestores, pelo novo contexto contemporâneo de envelhecimento e as características de saúde e doença da população. A utilização de metodologias ativas, aplicativos, tecnologias leves e simulações como novas configurações tecnoassistenciais são importantes para o enfrentamento de problemas na prática assistencial e na gestão dos serviços. Objetivos: implementar estratégias de inovação tecnológica de baixo custo e metodologias ativas na qualificação de profissionais que atuam na Atenção Primária em Saúde dos municípios do Amapá pelas Redes Estaduais de Atenção à Saúde Materno-Infantil, Doenças Crônicas Não-Transmissíveis e Urgência e Emergência. Metodologia: a pesquisa é descritiva com abordagem qualitativa do tipo Relato de Experiência. Resultados: o processo de apoio institucional estadual estabeleceu-se com a construção de um diagnóstico situacional e o desenvolvimento das ações e atividades por meio do uso de metodologias ativas como a Gamificação com o uso da plataforma de perguntas e respostas Kahoot@, a Árvore de Problemas e o Mapa Conceitual. Além disso, foram utilizadas atividades lúdicas representadas por meio da construção de Mapas Inteligentes e Maquetes, utilização de aplicativos de saúde como o Pacote de Suporte Técnico HEARTS contendo o Caminho Clínico da Hipertensão Arterial Sistêmica; Instrumento para Avaliação de Risco Cardiovascular (Escala de Framingham); apresentação de Aplicativos validados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (CardioRisco Framingham 2020@ e Calculadora ER 2020@); Instrumento para Avaliação dos Pés dos Diabéticos (Teste do Toque) e Treinamentos Realísticos em serviço em urgência e emergência, objetivando a otimização e qualificação na gestão da clínica e do cuidado. Conclusão: os resultados do trabalho desenvolvido podem refletir positivamente na melhoria dos indicadores de saúde, no grau de satisfação dos usuários, na qualidade do atendimento, acolhimento e classificação de risco, na redução do tempo de espera durante as consultas, na redução de encaminhamentos aos serviços de referência de forma desnecessária, na diminuição do agravamento dos quadros, na redução dos índices de mortalidade e sequelas, na organização e no fortalecimento das Redes Assistenciais, na maior adesão, retenção e vinculação do usuário aos serviços, no grau de comprometimento dos profissionais, entre outros.