INTRODUÇÃO: A medida que pandemia do vírus SARS-CoV-2, mundialmente conhecido por COVID-19 crescia no mundo, vários aspectos do cotidiano das pessoas foram afetados. Um deles, diz respeito a prestação de saúde, incluindo os centros de apoio ao diagnóstico e tratamento do câncer, concomitantemente ao maior risco de morte desse grupo, diante da imunossupressão comumente causada pelo câncer, o efeitos quimioterápicos, radioterápicos e cirúrgicos do tratamento da doença. Dessa forma, a Sociedade Brasileira de Oncologia criou novas diretrizes para o tratamento de pacientes oncológicos, visando à menor exposição, como a diminuição de consultas presenciais e tempo de internação, e adiamento de cirurgias ou quimioterapias. OBJETIVO: Analisar os impacto da pandemia de COVID-19 no diagnóstico e tratamento do câncer, buscando assim, identificar as dificuldades enfrentadas pelos pacientes oncológicos quanto ao acesso aos serviços de saúde durante a pandemia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, de abordagem qualitativa, realizado no período de janeiro a maio de 2022. A busca foi realizada nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e na biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram incluídos artigos originais, disponíveis na íntegra de forma gratuita e escritos em inglês e/ou português e dos últimos dois anos. RESULTADOS: Nesse período, a média mensal de novos casos de cânceres, teve uma queda de aproximadamente 35%, dentre as regiões geográficas do Brasil, o nordeste foi a região mais prejudicada, com uma redução de quase 47%. Vários fatores podem ter contribuído para a redução do volume total de pacientes submetidos a diagnóstico e tratamento, destacando: a dificuldade nos agendamento de consultas e exames, como também as desmarcações e atraso nos resultados de exames realizados, maior número de consultas, cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia adiadas/remarcadas, como também a continuidade do tratamento oncológico, correlacionado ao deslocamento/transporte, além disso, os aspecto psicológico. CONCLUSÃO: Destarte, o maior impacto ocorreu na dimensão biológica, com a possibilidades do risco aumentado de complicações associadas à dificuldade de acesso ao diagnóstico e tratamento, algo que em um futuro próximo pode gerar consequência na progressão e prognóstico, podendo resultar em mortes evitáveis.