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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA SEPSE EM PACIENTES COM COVID-19 NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Relatoria:
Nyrla Alexandre Malveira Gomes
Autores:
  • JESSICA ANDRADE UCHÔA RAMALHO
  • DARRIELE GOMES ALVES MORORÓ
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Covid-19 é uma doença infectocontagiosa causada pelo coronavírus (SARS COV 2), a maioria dos acometidos desenvolvem a forma leve, porém em alguns casos a doença progride para a sua forma grave, que na verdade é a sepse viral, que muitas vezes não é reconhecida. Há ainda, pacientes com Covid-19 afetados por sepse de outros patógenos como bactérias, outros vírus, fungos ou parasitas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a sepse mata 11 milhões de pessoas a cada ano e a pandemia de Covid-19 veio a contribuir para o aumento deste problema dentro das unidades hospitalares. Objetivos: O presente estudo visa relatar os aspectos envolvidos na assistência de enfermagem para a prevenção da sepse em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusiva para atendimentos de pacientes com Covid -19. Metodologia: Trata-se de um relato de experiencia da vivência de uma enfermeira de uma UTI de um hospital do município de Fortaleza -CE, quanto à assistência de enfermagem na prevenção da sepse em pacientes com covid-19. Resultados: Os pacientes admitidos no setor apresentavam quadros graves de SRAG sendo a maioria submetidos a procedimentos invasivos. Como forma de prevenção de infecções relacionadas ao uso de dispositivos invasivos, era utilizado o bundle. O bundle é um conjunto de estratégias terapêuticas que quando aplicadas em conjunto visam a melhoria do cuidado do paciente de forma mais eficiente. Na unidade os bundles disponíveis eram de CVC, SVD e prevenção de PAV, porém observavam-se falhas quanto ao uso dessa ferramenta e um crescente número de infecções relacionadas à instalação e manejo de dispositivos invasivos na prática diária. Outro fator a se destacar era a ausência de um protocolo estruturado para prevenção e tratamento da sepse para permear o atendimento da equipe. A fragmentação do cuidado também era um fator negativo, tendo em vista que a equipe variava constantemente e assim as condutas e interação dos profissionais eram prejudicados. Conclusões: O contexto da pandemia evidenciou uma grande demanda de trabalho, necessidade imediata de mão de obra e alta rotatividade de profissionais, todos esses fatores dificultaram o treinamento adequado das equipes. Foi notória a importância da capacitação dos profissionais por meio da educação continuada fornecida pelas instituições, como também a busca desta qualificação pelo próprio profissional visando seu crescimento pessoal, para se oferecer uma assistência qualificada e benéfica aos pacientes.