INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, a criação de políticas públicas, o avanço da medicina, associada à incorporação de novas tecnologias, o emprego de tratamentos cada vez mais eficazes, além do desenvolvimento das diversas subespecialidades pediátricas, aliadas à proliferação das unidades de tratamento intensivo pediátrico e neonatal, contribuíram para modificação do perfil epidemiológico da população, com o aumento das doenças crônicas, a redução da mortalidade infantil e declínio das condições agudas. Diante desse contexto, surge uma nova abordagem do cuidado, voltado para atender os pacientes com doenças que não tem possibilidade de cura por meio de um novo conceito terapêutico. OBJETIVO: Diante disso, o presente estudo tem como objetivo analisar a prática de enfermagem para os Cuidados Paliativos à criança com condição crônica, em uma unidade pediátrica de um Hospital Universitário da região nordeste. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa, realizado com a equipe de enfermagem, na Enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica que integram a Unidade de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, do Hospital Universitário Onofre Lopes, no município de Natal. A coleta de dados foi realizada através da entrevista, de forma remota, ocorrida no período de setembro a outubro de 2020, após liberação do Comitê de Ética em Pesquisa do HUOL. RESULTADOS: Como resultado, observou-se uma frágil compreensão acerca da filosofia e dos objetivos dos Cuidados Paliativos. A assistência está focada no modelo biomédico, atrelada ao processo de finitude. A equipe de enfermagem demostra limitações no campo emocional e de conhecimento teórico para a oferta de cuidados paliativos à criança. CONCLUSÃO: Faz-se necessário capacitações que auxiliem no conhecimento teórico, elaboração de protocolos de orientação do manejo e a criação de uma comissão de cuidados paliativos, visando a um atendimento de qualidade e humanizado, a partir da promoção de uma visão ampliada do cuidado e na incorporação de habilidades e competências para o trabalho interprofissional, fomentando mudanças na formação da equipe de enfermagem de modo a instrumentaliza-lo para os Cuidados Paliativos Pediátricos.