Introdução: A menstruação, embora seja um acontecimento natural e saudável do organismo, ainda é considerada um tabu na sociedade. Existindo milhões de mulheres sem acesso a itens básicos de higiene menstrual. Denomina-se pobreza menstrual a ausência de conhecimento, materiais ou condições sociais para passar pela menstruação de forma digna. Objetivo: Objetiva-se relatar a experiência na discussão sobre dignidade menstrual como forma de promoção e prevenção a saúde das mulheres. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência por meio da metodologia de roda de conversa sobre dignidade menstrual realizada com mulheres vítimas de violência doméstica de um grupo do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de um município da Região Metropolitana de Fortaleza, promovida por enfermeiras residentes em saúde da família e comunidade, abordando os temas: higiene pessoal, ciclo menstrual e saúde íntima, em junho de 2022, com duração de 60 minutos. Resultados: Pode-se observar o baixo grau de informação das mulheres participantes do grupo sobre a temática. A maioria das participantes relataram já ter vivenciado algum constrangimento devido a falta de acesso a itens de higiene menstrual, porém desconheciam o termo “pobreza menstrual” e que a garantia do acesso a tais itens seria uma questão de saúde pública. Além disso, notou-se uma deficiência quanto ao conhecimento do corpo, ciclo menstrual e forma adequada de higienização. Conclusão: A discussão sobre o tema contribuiu de forma positiva para o conhecimento das mulheres sobre promoção e prevenção da saúde com foco na dignidade menstrual. Colaborando para o empoderamento dessas mulheres em sua saúde íntima e na discussão de políticas públicas que buscam minimizar o problema relacionado a pobreza menstrual.