Estima-se, para o Brasil em 2022, a ocorrência de 625 mil casos novos de câncer (INCA, 2020), sendo a quimioterapia uma das modalidades de tratamento oncológico. Entretanto, a quimioterapia tende a causar efeitos adversos, apesar dos grandes benefícios no combate ao câncer, os quais muitas vezes são considerados severos. A neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ) é a síndrome neurológica mais comum secundária à terapêutica antineoplásica. Objetiva-se avaliar a presença de sinais e sintomas de neuropatia periférica em pacientes que fazem uso de taxanos e derivados da platina. Trata-se de um estudo exploratório, correlacional, com abordagem quantitativa. A pesquisa foi desenvolvida em um ambulatório de quimioterapia em Fortaleza. A amostra é composta por 84 participantes, sendo a maioria do sexo feminino (58,1%). As drogas neurotóxicas mais incidentes foram paclitaxel (21%), oxaliplatina (19,4%) e cisplatina (12,9%). Os sintomas de NPIQ mais incidentes em pacientes que fizeram uso de paclitaxel foram: dormência (43,7%) e formigamento (37,5%) em MMSS. Já nos que fizeram uso de cisplatina foram: dormência (27%) em MMII e formigamento (9,1%) em MMSS. Já em relação à oxaliplatina foram formigamento em MMII (31,2%) e em MMSS (25%). Evidencia-se a presença de NPIQ nos pacientes em uso das drogas paclitaxel, oxaliplatina e cisplatina a nível ambulatorial.