O prontuário afetivo surgiu durante a pandemia de do coronavírus (Covid-19), o mesmo foi elaborado por profissionais da saúde e seu intuito era promover ao paciente um ambiente mais humanizado e familiar. Diante da crise sanitária global vivenciada em 2020 os serviços de saúde em todos os seus níveis de atenção desde a atenção primária à terciária tiveram que se adequar e mudar o modo de atendimento e protocolos. O contexto do distanciamento social e a gravidade dos pacientes foi um fator fundamental para criação do prontuário afetivo. O objetivo desse estudo é relatar a experiência da implantação do prontuário afetivo em uma Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um relato de experiência, descritivo sobre a aplicabilidade do prontuário afetivo. Realizado em abril e maio de 2022 em uma Unidade de Terapia Intensiva. Com a pandemia as visitas e a presença de acompanhantes passaram a ser proibida nos hospitais do Brasil e para minimizar a solidão dos pacientes internados na UTI foi iniciada a adesão do primeiro prontuário afetivo e esse prontuário foi direcionado para um paciente com uma internação prolongada e sem vínculos afetivos com familiares. Para isso a equipe em constante comunicação com paciente começou a perguntar sobre alguns gostos do paciente, como por exemplo: como gosta de ser chamado, seu time favorito, músicas favoritas, o que mais gosta de fazer nas horas vagas, comida favorita e família. Para esse primeiro paciente também foram disponibilizadas algumas fotos de alguns momentos de sua vida. Todas essas informações são repassadas para um papel de forma colorida e lúdica e colocado ao lado da cama do paciente. Esse momento é um momento de muita alegria e emoção pois esse momento os faz sentir-se importante e queridos. Para construção do prontuário afetivo é necessário uma boa comunicação entre equipe de saúde e familiares e para os pacientes que estão conscientes essa comunicação é feita diretamente com equipe e paciente. O prontuário afetivo nos faz entender quem é a pessoa por trás do paciente, nos permite resgatar sua subjetividade e formar vínculos com a equipe, nos permite aproximar o paciente da família e fazer com que ele se sinta importante e querido. Conclui-se que o prontuário afetivo é uma ferramenta positiva na assistência humanizada. Como se trata de uma ferramenta utilizada recente é necessário que seja quebrado o padrão de despersonalização e mais estudos sobre o prontuário e seus impactos na assistência.