INTRODUÇÃO: A organização do trabalho de enfermagem pode se configurar de modo a afetar negativamente a saúde de quem nela trabalha, sendo que a análise ergonômica do trabalho permite identificar fatores de risco a partir de aspectos organizacionais que, direta ou indiretamente, contribuem para o aumento da carga de trabalho, da exposição a riscos e a condições objetivas e subjetivas de trabalho. OBJETIVO: Expor situações de acidentes relacionados ao trabalho no exercício da atividade da enfermagem. METODOLOGIA: Este trabalho se desenvolveu por meio de um levantamento bibliográfico dentro das bases de dados da Scientific Eletronic Library Oline (SCIELO) onde foi possível encontrar publicações relacionadas ao tema dentro do intervalo de dez anos. RESULTADOS: De acordo com os artigos encontrados, o achado que podemos destacar primeiro é que a grande maioria dos profissionais são de sexo feminino em uma proporção de 8 para cada 2 do sexo masculino. A exposição a material biológico e perfuro cortante, como também a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) foram relatados por todos os profissionais que participaram dos estudos analisados. Em relação aos EPI’s disponíveis, os mais utilizados são luvas, máscara e gorros. No que se refere aos acidentes, 26% do total de profissionais participantes dos estudos relataram já terem sofrido acidente. Desses 94% foram com perfuro cortante e 06% com biológico. Relacionado com o tempo de serviço, a maioria dos profissionais tinham menos de cinco anos de atuação. Os artigos apresentaram ainda alguns motivos levantados pelos profissionais que poderiam influenciar nesses acidentes, entre eles carga horaria exaustiva, baixa valorização profissional, jornada dupla e condições de trabalhos foram citadas. CONCLUSÃO: Com o exposto podemos concluir que profissionais da área da saúde, em especial os da enfermagem, por sua exposição a condições de trabalho insalubre, precisam dispor sempre de EPI e instrução adequada para que seja possível a prevenção desses acidentes. Além disso faz-se necessário a fiscalização pelos órgãos competentes da utilização correta. Contudo, isso de forma isolada pode não ser eficaz caso não aconteça treinamentos de forma regular para esses profissionais.