Introdução: A rede de apoio informal é caracterizada pelas redes sociais pessoais, eminentemente familiares, que podem assumir a centralidade nos processos de suporte social, seja material, instrumental, informativo ou emocional. Objetivo: Identificar a rede apoio informal de gestantes no Centro Oeste Brasileiro. Metodologia: Trata-se de um recorte de uma investigação de métodos mistos desenvolvida com 63 gestantes, com idade igual ou superior a 18 anos, em acompanhamento pré-natal em uma cidade do interior do Centro Oeste Brasileiro, estado de Mato Grosso, Brasil. A coleta de dados foi realizada no mês de março de 2021, por meio de um questionário sociodemográfico validado e autoaplicável. Os dados foram submetidos a análise estatística descritiva, sendo calculadas as frequências absolutas e relativas para as variáveis. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, sob parecer nº 4.539.175. Resultados e discussão: As participantes mencionaram majoritariamente que a família é quem mais oferece apoio social à elas (82,5%). O apoio de outros parentes (9,5%) e de amigos (1,6%) e vizinhos (1,6%) apareceram com percentuais menores. A maior parte delas (42,8%) assinalou que o núcleo familiar é constituído pelo cônjuge e filhos. Foi possível evidenciar, ainda, que a rede de apoio informal assume centralidade nos processos de intervenção social das gestantes, apesar de existir outras redes de inserção e de apoio social. Os resultados reforçam a essencialidade do cuidado em Saúde e Enfermagem em considerar a rede de apoio informal, buscando a articulação para o atendimento às necessidades de mulheres no período gravídico. Conclusão: A investigação contribui com a reflexão contemporânea de que o cuidado de gestantes precisa avançar para além da apreciação e do controle de riscos, reconhecendo redes de apoios e atuando sobre condições geradoras de vulnerabilidades e de potenciais de diferentes ordens.