Introdução: O Processo de Enfermagem caracteriza-se como estratégia para o cuidar do enfermeiro, é composto por etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes. A primeira etapa, chamada de coleta de dados ou histórico de enfermagem, o enfermeiro realiza a avaliação clínica com objetivo de obter informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana. Objetivos: Identificar os conhecimentos dos enfermeiros assistenciais, acerca da avaliação clínica e aplicabilidade em um hospital de pequeno porte do Estado de Rondônia. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, realizada em um hospital militar, localizado na Amazônia ocidental. Utilizou-se de amostra por conveniência. A coleta de dados foi feita por meio de questionário semi-estruturado construído no Google forms. Resultados: Foram incluídos 8 enfermeiros (dos 09 da equipe do hospital) com idade entre 31-40 anos, mulheres, especialistas, com tempo médio de atuação de 10 anos. Quando questionados sobre o conceito de avaliação clínica 7 (87,5%) dos enfermeiros a relacionaram como a primeira etapa do processo de enfermagem, apenas 1 (12,5%) definiu como “avaliação do setor que está inserido”. Dentre as dificuldades apresentadas para a operacionalização da avaliação clínica, os participantes elencaram problemas relacionados ao processo de trabalho como, “falta internet”, “falta de tempo devido funções burocráticas”, “falta de um roteiro” e à formação como, “falta de conhecimento das técnicas do exame físico” e “falta de capacitação da equipe”. Conclusão: Considera-se, que a primeira etapa do processo de enfermagem é caracterizada pela avaliação clínica do paciente, incluindo o histórico/anamnese e o exame físico. É nesta etapa que o enfermeiro realiza a interpretação e o agrupamento dos dados, os quais auxiliam na tomada de decisão para o planejamento do cuidado. No entanto, na prática observa-se algumas dificuldades encontradas por estes profissionais para a operacionalização da avaliação clínica. A partir desta constatação, salienta-se a necessidade de mudanças na organização do trabalho do enfermeiro e a implementação de momentos de educação permanente sobre o tema, para que seja viável a aplicação do processo de enfermagem e, a partir de então seja possível construir um plano de cuidado individual para os pacientes com foco na melhoria da qualidade da assistência de enfermagem.