Introdução: o Enfermeiro exerce com qualidade às atividades assistenciais em saúde, assim destaca-se a importância da sua atuação na área da pesquisa genético-molecular. Esse novo campo de trabalho para a Enfermagem propõe identificar às causas das doenças e promover tratamentos e práticas de cuidado. Principalmente, quando se tratam de doenças crônicas como a Esquizofrenia, considerada um grave problema de saúde pública. Objetivos: utilizar tecnologias de investigação genético-molecular para identificar a ocorrência de polimorfismos genéticos rs6305, rs6314 e rs6311 e testar associações com a ocorrência da Esquizofrenia. Possibilitar inovações no tratamento e a promoção da qualidade das práticas do cuidado. Metodologia: estudo genético–molecular do tipo caso-controle. População composta por 216 participantes, divididos: casos I - pacientes com esquizofrenia; casos II – pacientes com esquizofrenia refratária e controles III – pacientes sem transtorno mental. Foi aplicado um questionário estruturado para a coleta de dados sociodemográficos e realizada coleta de sangue para às análises genéticas. Foram realizadas as técnicas de extração de DNA, por meio da reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e de Restriction Fragment Length Polymorphism. Para comparar as frequências alélicas e genotípicas entre os grupos foram realizados testes de associação do tipo testes Qui–Quadrado de Pearson (x2) e de regressão logística simples. Resultados: foram detectadas variações genéticas para polimorfismo rs6311 na comparação do grupo de pacientes com esquizofrenia refratária com o grupo controle (p valor= 0,027). Verificou–se também uma associação entre o modelo A dominante (valor–p=0,042) e o modelo heterose (valor–p=0,008) entre os grupos controle e pacientes com esquizofrenia refratária. Não foi encontrada associação dos polimorfismos rs6305 e rs6314 com a ocorrência da esquizofrenia. Conclusão: a detecção do polimorfismo rs6311 e sua associação com a ocorrência da esquizofrenia poderá ser um critério para a confirmação diagnóstica. Poderá nortear o desenvolvimento de novas medicações que não limitem seu efeito na presença desse polimorfismo. Potencializar o tratamento e direcionar a prática do cuidado de Enfermagem de forma personalizada. Ou seja, por meio de análises genéticas, a Enfermagem poderá prevenir, identificar e tratar a Esquizofrenia a partir das particularidades do organismo de cada pessoa.