Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
USO DO PICC NO SERVIÇO DE INFECTOLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Juliana de Oliveira dos Santos
Autores:
- Jéssica de Fátima Gomes Pereira
- Letícia Pontes
- Clelia Mozara Giacomozzi
- Shueyd Borges Ribeiro
- Maria Gorete de Brito Cunha
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O Cateter Central de Inserção periférica (PICC) é um dispositivo que vem ganhando espaço na terapia infusional segura, dadas suas características singulares como longa permanência, inserção segura em veias periféricas, baixas taxas de infecção e complicações. Pode ser inserido à beira leito pelo enfermeiro habilitado, reduz as múltiplas punções e complicações associadas e proporciona segurança para infusão de soluções hiperosmolares, vesicantes e irritantes. Objetivo: descrever o processo de implantação do uso de PICC no serviço de infectologia de um hospital universitário do sul do Brasil. Metodologia trata-se de relato de experiência que descreve as etapas para o processo de implantação do uso de PICC, a saber: primeira etapa - curso de habilitação para inserção, manutenção e remoção do PICC; segunda etapa - reuniões da equipe multidisciplinar do setor de infectologia com profissionais do grupo de trabalho de terapia infusional da instituição; terceira etapa - inserção do PICC pelas enfermeiras do setor com a supervisão de profissionais do grupo de trabalho de terapia infusional. Resultados: Foram contabilizados a inserção de 15 cateteres, de dezembro de 2021 a maio de 2022. Todos os pacientes atendiam aos critérios reconhecidos de indicação de terapia intravenosa por período superior a seis dias, sendo todos de antibioticoterapia para o tratamento de doenças, como citomegalovírus, neurocriptococose, neurossífilis e meningoencefalite. Dos PICC inseridos, cinco (33%) foram na veia basílica, três (20%) na veia cefálica e sete (47%) na veia jugular externa. A média do tempo de permanência do cateter foi de oito dias. Dos 15 cateteres inseridos, sete (47%) tiveram remoção eletiva, dois (13%) foram removidos por infecção relacionada ao cateter, três (20%) por obstrução, dois (13%) por tração acidental do cateter, um (7%) por flebite mecânica. Conclusão: A utilização do PICC proporcionou conforto ao paciente e segurança na administração de medicamentos. Contudo, se faz necessário mitigar os eventos adversos relacionados a indicação, inserção e manutenção do PICC. Evidencia-se, a necessidade de incremento na educação continuada, com atuação profissional transdisciplinar, com objetivo de consolidar o uso de PICC nesse serviço.