Introdução: A pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), causa a doença COVID-19, problema de saúde pública que sobrepõem questões sanitárias e epidemiológicas, que resultam em problemáticas de caráter socioeconômico, cultural e político que proporcionam mudanças abruptas na sociedade, como os casos de violência contra a mulher, que é uma epidemia existente que se sobressaiu devido a coexistência forçada, o estresse econômico e os receios sobre a COVID-19 que elevaram 50% dos casos de violência contra a mulher pelo país. Objetivos: Apontar desafios dos profissionais da enfermagem na atenção básica nos casos de violência contra mulher na pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando 15 artigos na integra, das bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE, em língua inglesa e portuguesa, selecionados através dos descritores em saúde Violência contra a Mulher, COVID-19, Atenção Primária à Saúde e Pessoal de Saúde, entre os anos de 2019 a 2022. E excluídos 30 artigos por não atender aos critérios de inclusão ou que estavam duplicados. Resultados: Identifica-se que o conhecimento técnico-cientifico incipiente dos profissionais da enfermagem na atenção básica sobre casos de violência contra mulher, desconforto para discutir problemáticas delicadas, passividade na busca ativa de casos, bem como, ausências nas implementações medidas de promoção e reabilitação da vítima. Ademais, são ampliadas pelo deslocamento de prioridades dentro da atenção básica que são voltados à assistência aos usuários com sintomas respiratórios, casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus. Além das dificuldades de acesso pelos usuários ao serviço de saúde decorrente do distanciamento social para contenção do COVID-19, e, a interrupção ou a diminuição de determinadas atividades desenvolvidas na atenção básica de cunho social. Conclusão: Evidencia-se diversas fragilidades encontradas pelos profissionais da enfermagem na atenção básica quanto aos efeitos gerados pela COVID-19, e combate nos casos de violência contra mulher. Deste modo, é necessário fomentar a educação continuada e permanente para qualificação da equipe de saúde com ênfase na enfermagem em discussões compartilhadas destes casos a nível local. Bem como, o desenvolvimento de pesquisas em contexto micro e macrossocial para melhores evidências científicas.