Introdução: Diante da necessidade de isolamento causado pelo novo coronavírus, o Ministério da Educação criou em 2020 a portaria de nº 343 de 17 de março de 2020, que permitiu que as aulas presenciais fossem substituídas por mídias digitais. Diante do cenário, a enfermagem teve de aderir ao uso do ensino remoto para continuar o processo de formação. Apesar do mantimento do ensino, esse modelo apresentou entraves para sua consolidação, impactando na qualidade da formação. Objetivo: Assim, buscou-se identificar os impactos que o ensino remoto trouxe para formação da enfermagem durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se, de uma revisão integrativa da literatura realizada em abril de 2022 com os descritores “Educação em Enfermagem”, “Educação Superior” e “Pandemia” na biblioteca virtual em saúde (BVS) nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF. Após uso dos critérios de inclusão que foram textos em português, artigos científicos, completo e dos últimos 5 anos, foram excluídos os que não obedeceram tais critérios, restando 6 artigos para que fossem analisados na leitura íntegra. Resultados: Identificou-se que o ensino remoto foi caracterizado por pontos positivos e negativos na formação de futuros enfermeiros. As tecnologias digitais tornaram-se essenciais para o não rompimento do processo ensino aprendizagem, incentivando a criatividade, a interação e a flexibilidade das aulas, porém, houve o comprometimento dessa educação por dificuldades como: lacunas da tríade ensino-pesquisa-extensão, dificuldade de acesso, dependência aos instrumentos tecnológicos, falta de conhecimento para o manuseio, maior exigência de planejamento, dificuldade de avaliar o engajamento, entre outros. Conclusão: A pesquisa possibilitou o entendimento sobre o uso do ensino remoto emergencial, assim como, os benefícios e prejuízos sobre o uso desse método na formação da enfermagem durante a pandemia da COVID-19, ressaltando que embora fosse uma medida necessária, a distância proporcionada por esse modelo enfatiza a não interação e a interrupção da troca de saberes, interferindo nas relações interpessoais e no desenvolvimento de competências humanas, críticas e reflexivas, distanciando-se das diretrizes para formação do enfermeiros e dos princípios preconizados pelo Sistema Único Saúde.