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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
A INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NAS EQUIPES DE TRATAMENTO CONSERVADOR DA DOENÇA RENAL CRONICA
Relatoria:
TATIANE DA SILVA CAMPOS
Autores:
  • Andréia Patrícia Gomes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Desde 2014, as diretrizes que norteiam à atenção a pessoa com Doença Renal Crônica (DRC) determinam que as equipes de atenção especializada ambulatorial devem ter minimamente: médico nefrologista, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente social. Objetivo: Descrever a inserção de enfermeiros nas equipes de tratamento conservador em centros formadores de profissionais especialistas em Nefrologia do Rio de Janeiro. Metodologia: Trata-se de parte dos dados de uma tese de doutorado intitulada “Implicações bioéticas na escolha da terapia renal substitutiva: o olhar do profissional de saúde”, realizada através de estudo transversal descritivo, de abordagem qualitativa em que foram entrevistados, até o momento, 47 profissionais atuantes em ambulatório de tratamento conservador da DRC de 3 instituições. Todos os profissionais atuantes foram convidados e aceitaram participar da pesquisa através de entrevista presencial gravada. Os dados foram digitados a partir da transcrição, sendo realizada análise estatística básica. Foram seguidas as Resoluções CNS nº 466/2012 e 510/2016. A pesquisa foi aprovada no CEP da unidade proponente Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca sob o parecer 5.218.631. Resultados: Participaram 30 médicos (63,8%), 6 enfermeiros (12,8%), 6 nutricionistas (12,8%), 3 psicólogos (6,4%) e 2 assistentes sociais (4,2%). Os enfermeiros, estavam inseridos na equipe: 2 de um hospital universitário federal; 3 de um hospital universitário estadual; e 1 de um hospital federal. 4 profissionais são especialistas em Nefrologia (sendo 2 na modalidade residência e 2 em especialização lato senso) e 2 estavam cursando, no momento, a formação na modalidade residência. Apesar de todos os centros serem formadores de profissionais na especialidade Nefrologia, apenas um oferece a formação de enfermeiros. O tempo de atuação em Nefrologia dos profissionais variou entre 1 e 31 anos (média 16,33 anos; e mediana 19 anos). Conclusões/Considerações: Há potencialidade dos serviços na inserção de enfermeiros especialistas em todas as equipes. Porém, há uma inserção ainda mínima quando comparada ao número de médicos, o que reflete diretamente na assistência com qualidade de todos os pacientes, e consequentemente, a integralidade do cuidado e sua qualidade perdem a efetividade, possibilitando a emergência de conflitos éticos.