Introdução: A tuberculose (TB) é uma infecção transmitida por bactérias do tipo Mycobacterium tuberculosis - Bacilo de Koch (BK) - que podem contaminar quase todas as partes do corpo, ainda que seja um patógeno com afinidade pulmonar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que mais de 30% da população esteja infectada, sendo que cerca de 8 a 10 milhões de pessoas desenvolverão a doença e metade desse número apresentará formas contagiantes, principalmente nos países subdesenvolvidos. Objetivo: Objetivou-se realizar uma análise epidemiológica das internações hospitalares por tuberculose na região Sudeste e os gastos com essas internações. Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo, de caráter quantitativo, das internações hospitalares, dos óbitos, dos custos das internações hospitalares e da média de permanência hospitalar por TB na Região Sudeste do Brasil, cujos dados estivessem disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS). O período da análise foi de 1 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2019 e os dados foram acessados através do tabulador de dados de saúde (TABNET) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Resultados: Os dados demonstram que a maioria das internações se deu na rede pública, com 43% do total, e, em contrapartida, a taxa de mortalidade foi maior na rede particular, com 9,39%, enquanto a pública apresentou taxa de 7,43%. Foram registrados 55.878 internações e 4.618 óbitos. Para a faixa etária correspondente a adultos e para o sexo masculino as internações foram mais frequentes. A maior taxa de letalidade foi registrada em maiores de 80 anos e em indivíduos da cor preta. Em relação aos custos, a região Sudeste gastou ao total R$ 137.233.027,2 com as internações hospitalares por TB no período de tempo estudado. O valor médio da internação foi de R$ 2.448,9 e a média do tempo de permanência de 27,2 dias. Conclusão: A distribuição populacional das internações sofre provável influência de fatores socioeconômicos, como menor renda e da concentração de população carcerária na região, detentora de alta incidência de casos, o que reforça a posição do estado paulista, que além possuir grande população carcerária, é também o mais populoso da região. Visto a relevância da condição no país, mais estudos se fazem necessários para que se possa apresentar os resultados como forma de elencar estratégias para diminuição dos problemas.