INTRODUÇÃO: O desconhecimento, o medo e a insegurança são fatores predominantes que contribuem para a disseminação de notícias falsas, denominadas como “fake news”. Frente a velocidade e desenvolvimento das tecnologias de comunicação, o cenário de pandemia de COVID-19 abriu espaço para que as fake news se tornassem um problema de saúde pública A expansão das falsas informações produz um impacto direto na sociedade, podendo interferir negativamente no cuidado em saúde do indivíduo e da comunidade. OBJETIVO: Descrever o relato de experiência acerca das “fake news” do COVID-19 e sua relação com os cuidados em saúde da população atendida por uma Unidade Básica de Saúde. METODOLOGIA: O estudo é do tipo relato de experiência de natureza qualitativa. Mediante as observações realizadas por acadêmicas do curso de Enfermagem de uma faculdade privada localizada na Zona Oeste do Estado do Rio de Janeiro. Durante o período de estágio obrigatório com a duração de setembro de 2020 a dezembro de 2020 e fevereiro de 2021 a maio de 2021. Durante o estágio nas Unidades Básicas de Saúde as acadêmicas realizaram consultas de promoção a saúde e prevenção de agravos nos indivíduos, família e comunidade atendidos pela Unidade Básica de Saúde. Desse modo, pode-se ter contato mais próximo com o usuário e assim, identificar-se alguns relatos que são caracterizados como fake news. RESULTADOS: Durante a assistência evidenciou-se um número relevante de pessoas que relataram falsas informações sobre o novo vírus circulante. Usuários relataram que não tomariam a vacina contra a covid, pois foram informados que a mesma causa câncer de mama e alguns mencionaram que participavam de um grupo “antivacina”. Também observou-se relato de usuários que faziam o uso de ivermectina diariamente, como medida de prevenção contra a Covid. Outra fake news observada foi que a máscara não previne a transmissão e que após a vacina não existe a necessidade de utilizá-la. CONCLUSÃO: As fakenews interferem negativamente no cuidado em saúde do indivíduo visto que muitos acreditavam mais nas informações veiculadas na internet ou mídia do que nas orientações dadas pelos profissionais de saúde. Acredita-se que seja necessário realizar ações educativas que desmistifique as fakenews como forma de esclarecer as dúvidas da população e fortalecer o vínculo entre serviço de saúde e o usuário.