Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
O FILME “EQUILIBRIUM” COMO DISPARADOR DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Hugo Barcelos de Matos
Autores:
- Beatriz Santana Caçador
- Amanda de Paula Nogueira
- Ana Bárbara da Luz Cassia
- Carla Helena Faioli Andrade
- Júlia Inês Araújo Del-Vecchio
- Laylla Veridiana Castoria Silva
- Rodolfo Gonçalves de Melo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O resgate da dimensão cuidadora das práticas em saúde constitui um desafio do processo do cuidar na contemporaneidade. Há um predomínio das tecnologias duras de cuidado mediante a ênfase na produção de procedimentos. Essa trama envolve não apenas os profissionais de saúde, mas também os usuários, cujas representações sociais reforçam que a técnica e o uso de equipamentos significam excelência de cuidado, ainda que não sejam resolvidas as suas necessidades de saúde. Tem-se como pressuposto que o processo formativo se constitui como um importante lócus de reconstrução das práticas em saúde, rompendo com modelo flexneriano que reproduz a lógica biomédica. O ensino de práticas em saúde balizadas pelo cuidado que considera as reais necessidades de saúde da população precisa ser orientado pelas tecnologias leve em saúde. Para tanto, é fundamental o desenvolvimento de competências socioemocionais no processo de formação em enfermagem. OBJETIVO: Relatar a experiência de utilização do filme “Equilibrium” como estratégia pedagógica disparadora para o desenvolvimento de competências socioemocionais. MÉTODOS: A estratégia foi utilizada no contexto de uma disciplina optativa denominada “Laboratório de Sensibilidades” ofertada para 10 estudantes do curso de enfermagem de uma universidade pública no ano de 2019. RESULTADOS: O filme retrata uma sociedade em que não é permitido experimentar sentimentos. Assim, o Estado obriga as pessoas a ingerirem uma medicação inibidora de emoções. Ocorre que, em dado momento, um grupo de pessoas se revolta com essa imposição e, às escondidas, interrompe o uso das medicações e começa a sentir emoções novamente. As reflexões geradas pelo filme centraram-se em quais hábitos, rotinas e formas de viver no mundo atual tem sido similares a medicação retratada no filme. O que tem nos inibidos de experimentar sentimentos? Como tem sido a nossa inserção em atividades que promovem o bem-estar, o autocuidado e a experiência afetiva, fundamentais nas práticas de cuidado? CONSIDERAÇÕES FINAIS: O filme provocou reflexões sobre consciência de si e de autocuidado, e como essa experiência de sentir a si mesmo é fundamental para nos religarmos com dimensões mais profundas que instigam o afeto, o sensível e sustentam o desenvolvimento de tecnologias leve de cuidado.