Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PROTAGONISMO DO ENFERMEIRO DIANTE DO PROCESSO DE LUTO ENTRE OS FAMILIARES DE UM PACIENTE: REVISÃO NARRATIVA
Relatoria:
Beatriz Melo dos Santos
Autores:
- Anny Ellen de Jesus Nascimento
- João Marcos Santos Oliveira
- Jefferson Felipe Calazans Barreto
- José Hunaldo de Oliveira Júnior
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
ÉTICA, LEGISLAÇÃO E TRABALHO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A morte é tida como o último estágio da vida, sendo o final dela, o que gera debates nos mais diversos âmbitos sobre o porquê de acontecer e o que acontece depois dela. Sob essa perspectiva, os indivíduos que perdem um ente querido sentem os mais diversos sentimentos como tristeza, dor e raiva. Desse modo, os enfermeiros no seu dia a dia de trabalho, precisam lidar constantemente com a perda de pacientes e com o luto de seus familiares. OBJETIVO: Discorrer sobre o protagonismo do enfermeiro diante do processo de luto entre os familiares de um paciente. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa. A busca bibliográfica ocorreu em Julho de 2021, por intermédio das seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Public Medline (PubMED), utilizando os seguintes descritores conforme o Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): “Enfermeiro” e “Luto”. O operador booleano AND foi utilizado entre os descritores. Como critérios de inclusão utilizou-se: artigos de 2010 a 2021, em português e inglês. Como critérios de exclusão: duplicidade de artigos. Foram analisados 10 artigos, entretanto 5 foram selecionados para a revisão. RESULTADOS: Mediante o que foi evidenciado durante as pesquisas, o papel da enfermagem durante o processo de luto é fundamental, logo que, é este profissional que assume a responsabilidade de comunicar aos familiares a perda do ente. Conforme o estudo da psiquiatra Elizabeth Kubler-Ross, que foi publicado no seu livro “Sobre a morte e morrer", o luto possui cinco estágios: negação, raiva, negociação, barganha e aceitação. O enfermeiro atua principalmente na primeira fase, a mais complexa, por se deparar com indivíduos relutantes e ainda aceitando a ideia de que seu ente não está mais vivo, desse modo, existe a necessidade do desenvolvimento de uma inteligência emocional e empatia por parte do profissional para transmitir a noticia da maneira mais adequada e menos impactante possível é reforçado pelo juramento de Florence Nightingale no qual proclama o mantimento de uma conduta profissional ética e humanizada. CONCLUSÃO: O enfermeiro ganha protagonismo durante o processo de luto por ter a responsabilidade de comunicar a notícia e acolher as pessoas que perderam um ente, no entanto, para que a informação seja transmitida de forma que minimize o sentimento de dor é imprescindível um desenvolvimento emocional do profissional atuante.