Introdução: A Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) tem como pilar a evidência científica na implementação do cuidado. Sendo uma das etapas do Processo de Enfermagem, o planejamento das ações envolve o registro das intervenções em prontuário de forma sistemática, porém nem todos os serviços de saúde utilizam essa classificação, defletindo a assistência, principalmente no âmbito da urgência e emergência onde é exigida maior complexidade nas ações. Objetivo: Avaliar a utilização da Classificação das Intervenções de Enfermagem nos serviços de urgência e emergência. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no mês de julho de 2021, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Medical Literatura Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), utilizando como descritores: “Urgência e Emergência” “Intervenções” e “SAE” com o auxílio do acrônimo AND. O período estabelecido foi de 2019 a 2021. Foram excluídos artigos inconclusivos e incoerentes com a temática. Resultados: Foram encontrados 320 estudos dos quais 35 cumpriram os critérios de seleção. A partir da leitura destes artigos, foi constatado que a utilização das intervenções de acordo com a taxonomia NIC ainda confere resistência por parte de alguns profissionais, quer seja por falta de conhecimento da implementação, ou ainda pela alegação da falta de tempo para sistematizar essas intervenções Alguns estudos também mostraram que os profissionais prezam mais pela prática cotidiana, pois são atendimentos críticos e demandam rapidez, do que pela assistência baseada em evidências, que requer maior raciocínio clínico na tomada de decisão. Considerações finais: O atendimento em pronto socorro ocorre de forma muito rápida visando o mínimo dano ao paciente, o que caracteriza maior agilidade do profissional de enfermagem, que é linha de frente nesse caso. Em contrapartida, a assistência sistematizada fica, por vezes, em segundo plano, o que pode diminuir a qualidade da assistência, não obtendo a história completa do paciente e intervindo de forma mecanicista. É necessário que estes profissionais busquem ampliar seus conhecimentos a cerca das intervenções embasadas em ciência para elevar e padronizar as condutas de Enfermagem.