Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar evolução clínica do reparo tecidual de feridas crônicas tratadas com gel contendo fator de crescimento epidérmico recombinante humano (rhEGF), comparado com o Hidrogel. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, controlado e cego com intervenção terapêutica realizado em um hospital universitário. O período de coleta foi de dezembro de 2016 a outubro de 2017, com tempo de segmento de 12 semanas. A amostra foi constituída de 14 pacientes, a randomização foi realizada por meio do software Excel 2010, alocando os participantes de forma aleatória em dois grupos, A (rhEGF) e B (Hidrogel). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina, sob o protocolo nº 1602.173 de 16 de junho de 2016. Os dados foram analisados no Excel 2010, BioSat 5.0 e SPSS 20.0. Resultados: Os participantes eram diabéticos (100%), com idade média de 62,4 anos, a maioria do sexo masculino (71%), apresentavam hipertensão arterial (50%) e insuficiência venosa crônica (36%). Em relação às características clínicas das feridas, o grupo A (EGF) apresentou aumento dos tecidos de granulação (25%) e de epitelização (5%). E redução do esfacelo (30%) e do exsudato (14%). No grupo B (Hidrogel) observou-se aumento do tecido de epitelização (16,7%) e diminuição dos tecidos de granulação (5,6%), esfacelo (11,1%) e do exsudato (21%). Ocorreu redução das áreas das feridas nos dois grupos estudados, sem diferenças estatisticamente significativas entre eles até o momento, isto é, o grupo A (rhEGF) apresentou uma taxa de redução média de 23% e o grupo B (Hidrogel) de 24%. Conclusão: Até o momento, ambos os tratamentos são seguros e eficazes no tratamento de feridas crônicas, sem registro de eventos adversos.