Introdução: A simulação, incluída nos currículos de enfermagem para o ensino de técnicas e procedimentos clínicos de diversas naturezas, contribui para a aquisição de habilidades psicomotoras e autoconfiança, essenciais para a plena formação destes profissionais. Objetivo: relatar a vivência docente de ensino-aprendizagem sobre imunização com estudantes de graduação em enfermagem. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, desenvolvido no ano de 2021, a partir das atividades teórico-práticas de um projeto de extensão que tinha por finalidade a inserção dos estudantes nos postos de vacinação contra a COVID-19. A estratégia metodológica utilizada foi o ensino por simulação, com as ações realizadas de forma híbrida, parte de forma remota e parte de forma presencial, nos laboratórios de habilidades, com estudantes do 3º período do curso de bacharelado em enfermagem de uma Universidade Pública Estadual. Resultados: As ações foram desenvolvidas em três fases. Na primeira fase foram desenvolvidas aulas expositivas dialogadas, de forma remota, sobre os conteúdos fundamentais sobre COVID-19, imunização, calendário nacional de vacinação, comunicação em saúde, o papel do enfermeiro no contexto da vacinação e boas práticas em sala de vacina. Na segunda fase, as habilidades práticas de acolhimento do usuário, verificação da carteira de vacina, anamnese vacinal e registros vacinais foram realizadas de forma exaustiva pelos acadêmicos, sob supervisão de um professor enfermeiro, até que pudessem realizar tais ações com segurança. Na terceira fase foi elaborado um cenário de simulação clínica de atendimento a um casal que se apresentará ao posto de vacinação para tomar a 1ª dose da vacina contra a COVID-19. Esta fase aconteceu com envolvimento de alunos que representaram os enfermeiros do posto de vacinação e outros que representaram o casal a ser vacinado. A cena foi precedida de briefing de todos os envolvidos e durou cerca de 10 minutos. Ao término, a turma foi reunida para o momento do debriefing onde foram discutidos as fragilidades e potencialidades, com o intuito de fortalecer os conhecimentos, habilidades e atitudes dos participantes. Conclusão: A vivência do uso da simulação clínica no ensino de imunização foi positiva, pois, qualifica o exercício da prática docente por meio de ações que possibilitam maior confiança baseada na experiência vivenciada.