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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS COMO FERRAMENTA DE DEBATE AS QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS
Relatoria:
Brenda Caroline Martins da Silva
Autores:
  • Julielen Larissa Alexandrino Moraes
  • Davi Silva Santana
  • Adriana Maria Pantoja Malato
  • Jhennifer Nycole Rocha da Silva
  • Ana Paula Ribeir Batista
  • Wanderson Santiago de Azevedo Júnior
  • Maria de Nazaré Alves de Lima
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: As redes sociais tornaram-se pautas no que diz respeito à sua influência na polarização de opiniões e disseminação de ideias extremistas. Com isso, o debate racial nas mídias tem ganhado notoriedade, dando mais visibilidade ao racismo existente na sociedade brasileira (FONSECA et al., 2018). Essa ferramenta tecnológica permite compreender o processo de sociabilidade, ampliando conexões entre sujeitos, levantando pautas necessárias no cotidiano, como a luta antirracista, expondo atos de preconceito racial; bem como dar voz a comunidade negra (MOURA, 2015; ACEVEDO, NOHARA, RAMUSKI, 2010). OBJETIVO: relatar a experiência de discentes de enfermagem na discussão do uso das redes sociais como forma de combate ao racismo. MÉTODOS: trata-se de um relato de experiência, descritivo acerca da vivência de estudantes integrantes do projeto de extensão “Ações e Estudos de Enfermagem Para a Saúde de Negros e Negras” durante lives produzidas na plataforma social Facebook para discutir o racismo e suas implicações na saúde e nas relações sociais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: a produção das lives via Facebook, possibilitou um alcance expressivo de telespectadores. Durante suas realizações, questões referentes ao racismo sofrido pelos discentes palestrantes no cotidiano foram levantadas. Debates relacionados a expressões racistas do tipo “criado mudo”, “da cor do pecado”, “denegrir”, comumente usadas, mas que trazem uma conotação racista, também foram pautas, juntamente com abordagens referentes ao machismo e sexismo sofridos pela mulher negra. Os impactos da desigualdade étnico-raciais na saúde foi alvo de discussão das lives, trazendo a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra como peça-chave no combate ao racismo e à discriminação nas instituições e nos serviços do SUS. Werneck (2016), aponta o racismo e a discriminação como determinantes associados à morte e ao adoecimento de negros no Brasil, uma vez que a população negra brasileira apresenta vulnerabilidades sociais e epidemiológicas que dificultam o acesso aos serviços de saúde. CONCLUSÃO: nota-se a importância das mídias sociais como protagonistas nas questões raciais, capazes de abordar aspectos de saúde dos negros, preconceitos e expondo as violações sofridas por ser preto neste país. Ademais, tais redes possuem efeitos simbólicos na luta contra o racismo, bem como configuram-se como espaços de visibilidade para pautas raciais, sensibilizando a mudança nos padrões comportamentais e culturais.