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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
Prevenção de Parada Cardiorespiratória: protocolos de deterioração clínica e o enfermeiro
Relatoria:
Carolina Rodrigues Milhorini
Autores:
  • Juliana Helena Montezeli
  • Andréia Bendine Gastaldi
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Considerada uma das emergências cardiológicas mais prevalentes e funestas, a Parada Cardiorrespiratória (PCR) deve ser prevenida no ambiente intra-hospitalar por meio da identificação de alterações clínicas e intervenção precoce. Assim, o enfermeiro e sua equipe possuem papel primordial, visto a relação propínqua com os pacientes. Dessa forma, objetivou compreender a aplicabilidade de protocolos de identificação de deterioração clínica e sistemas de alerta precoce na prevenção de PCR. Para isso, realizou-se uma revisão integrativa utilizando os descritores “Deterioração Clínica” e “Parada Cardíaca” selecionados DeCS (Descritores em Ciência da Saúde) e MESH (Medical Subject Headings) para indexar na busca em português e inglês na PUBMED, LILACS e CINAHL. Incluíram-se todos os artigos primários publicados até 2020 que versavam sobre a temática, em adultos e em áreas de cuidado não crítico. Encontraram-se seis artigos que atendiam aos critérios de inclusão descritos. A maior incidência de sinais de deterioração clínica foi entre uma e quatro horas antes da PCR e esteve associada com a quantidade de sinais vitais anormais que o paciente apresentava e, consequentemente, maior score nas escalas. Os sistemas de alerta precoce mais utilizados foram NEWS (National Early Warning Score) e MEWS (Modified Early Warning Scores), sendo que apenas um utilizou EWS (Early Warning Scores), mas todos foram considerados eficazes na diminuição da incidência de PCR e na quantidade de transferências inesperadas para UTI, mesmo sendo apontado como desfecho mais difícil de ser previsto. O papel do enfermeiro foi exaltado e os sistemas de alerta garantiram autonomia à enfermagem por ser um meio preciso, conciso e incontestável para a avaliação da deterioração clínica progressiva do paciente, sendo uma ferramenta eficaz na comunicação enfermeiro-médico. Conclui-se que os sistemas de alerta precoce são ferramentas eficientes na identificação de sinais de deterioração clínica dos pacientes em ambiente de cuidado não críticos, entretanto, ressalva-se que não deve ser soberanamente utilizado, considerando fatores que podem se associar aos desfechos modificando o contexto do protocolo, além da necessidade de educação continuada da equipe quanto à aplicação e avaliação do paciente.