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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
MORBIMORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NO ESTADO DA BAHIA, 2016-2020
Relatoria:
Yhana Karoline Silva Freitas
Autores:
  • Ana Paula Santos De Jesus
  • Claudia Feio Da Maia Lima
  • Éverton Nascimento Fraga
  • Rubia Pinto Carvalho
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte em todo o mundo. De acordo com Organização Mundial de Saúde, representa 16% do total de mortalidade quando comparado a outras causas. O estado da Bahia ocupa o quinto lugar no país em internações por doenças do aparelho circulatório nos últimos cinco anos, o que ratifica o impacto desta doença no adoecimento da população. Objetivo: Descrever o perfil das internações e mortalidade por doenças do aparelho circulatório no estado da Bahia. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa. Os dados de internações, óbitos e taxa de mortalidade foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no período entre 2016 a 2020. A população alvo foram os indivíduos com doenças do aparelho circulatório, com morbidade hospitalar. Resultados: Na Bahia foram registradas 343.276 internações por doenças do aparelho circulatório, entre os anos de 2016 e 2020. Houve predomínio do sexo feminino (50,31%), pardos (52,82%) e idade entre 60 a 69 anos (22,21%) seguidos da faixa etária de 70 a 79 anos (20,88%). Houve um crescente aumento do número de internações quando comparado os anos de 2016 e 2019, com 68.775 (20,03%) e 74.525 (21,71%), respectivamente. Destaca-se uma redução do número de internações no ano de 2020, com 63.132 (18,39%) e maior taxa de mortalidade (10,66%), o que pode ser justificado pela pandemia da COVID-19. Ocorreram 33.273 óbitos no período estudado, e a taxa de mortalidade foi de 9,69%. A maior taxa de mortalidade ocorreu na faixa de idosos acima de 80 anos (17,76%) e na raça indígena (15,87%), sem diferença significativa na mortalidade entre os sexos. As principais causas de internações foram por insuficiência cardíaca (20,70%) e acidente vascular cerebral (18,21%). A hemorragia intracraniana aparece com a maior taxa de mortalidade (21,92%). Conclusão: No período analisado, as internações por doenças do aparelho circulatório foram, em sua maioria, no sexo feminino, idosos, e na raça/cor parda. A insuficiência cardíaca e o acidente vascular cerebral foram as causas mais presentes nas internações. Os idosos apresentaram maiores taxas de mortalidade. Torna-se necessária a intensificação das ações preventivas e adoção de estratégias na atenção primária para a redução dos desfechos graves que levam às internações e óbitos.