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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2016 A 2020
Relatoria:
Andrei Pchencenzni
Autores:
  • Clenise Liliane Schmidt
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que ainda traz grandes impactos à saúde da população e aos serviços de saúde, implicando na perda da qualidade de vida e em gastos com o tratamento das complicações da doença. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no país entre 2016 a 2020. METODOLOGIA: Estudo observacional, descritivo, do tipo quantitativo. Utilizou-se dados secundários disponíveis na plataforma DATASUS, acerca dos casos de hanseníase no Brasil entre os anos de 2016 e 2020. RESULTADOS: No período, foram registrados 159.516 casos de hanseníase no país, sendo o pico em 2018 com 36.977 (23,2%). Dentre os casos, 90.595 (56,8%) eram homens e 68.909 (43,2%) mulheres. Referente a faixa etária, 30.828 (19,3%) dos casos ocorreram entre 40 a 49 anos e entre 50 a 59 anos com 30.691 (19,2%). A raça predominante entre os pacientes foi a parda com 94.563 (59,3%). Com relação a escolaridade, 30.657 (19,2%) possuíam entre a 1ª e a 4ª série do ensino fundamental e 23.474 (14,7%) entre a 5ª e a 8ª série do ensino fundamental. A forma clínica mais observada foi a dimorfa 81.459 (51,1%). Quanto ao grau de incapacidade pós cura, 73.508 (46,1%) possuíam registros em branco, revelando uma falha na avaliação, e cerca de 52.964 (33,2%) tinham grau zero de incapacidade. CONCLUSÕES: com base no estudo, percebe-se que no país a hanseníase se mantém como uma grande problemática de saúde acometendo principalmente a população masculina, com baixa escolaridade, idade entre 40 a 59 anos e de etnia parda. A avaliação do grau de incapacidade pós cura mostra-se falha devido ao grande percentual de registros em branco, sendo esta informação fundamental para avaliar as limitações do paciente pós alta. Ademais, ressalta-se a importância do conhecimento dos aspectos epidemiológicos da doença, de modo a auxiliar os profissionais na identificação de grupos vulneráveis e contribuir para construção de políticas públicas que fomentem mudanças nos serviços de saúde e atendam às necessidades assistenciais destes pacientes.