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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA
Relatoria:
JOSÉ RENATO PAULINO DE SALES
Autores:
  • Jovanka Bittencourt Leite de Carvalho
  • Gracimary Alves Teixeira
  • Sylvia Silva de Oliveira
  • Thais Rosental Gabriel Lopes
  • Rayrla Cristina de Abreu Temoteo
  • Wilma Ferreira Guedes
  • Acassio Ferreira de Holanda
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: a sífilis é considerada uma infecção sexualmente transmissível, de caráter sistêmico e curável, causada pelo Treponema pallidum e tratável com antibióticos. Apresenta altas taxas de transmissão vertical, acarretando graves problemas de morbimortalidade como a sífilis congênita. Objetivo: caracterizar o perfil sociodemográfico das mulheres gestantes diagnosticadas com sífilis gestacional e congênita no estado do Rio Grande do Norte. Método: estudo quantitativo epidemiológico, descritivo, ecológico, de dados secundários (notificações de sífilis gestacional e congênita, entre 2014 a 2018 e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação) no Rio Grande do Norte. Utilizou-se análise estatística, teste de qui-quadrado, exato de Fisher, odds ratio e intervalo de confiança de 95% para verificar as associações das variáveis de interesse. Inerente aos aspectos éticos, a pesquisa foi conduzida de acordo com a Resolução nº 510/16 do Conselho Nacional de Saúde, e como o estudo fez o uso de dados secundários, foi dispensada a análise do Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: O perfil materno registrado aponta 50% das mulheres com idade média entre 20 a 29 anos, 57,9% pardas, 61,2,% com baixa escolaridade. Observou-se 40,0% com diagnóstico no terceiro trimestre, 84,3% realizaram pré-natal, 82,6% com teste não treponêmico reativo, 49,5% com teste treponêmico reativo no momento do parto, 3,3% com tratamento materno adequado e 18,6% dos parceiros tratados concomitantemente, 98,5% com diagnóstico de sífilis congênita recente, 1,1% de óbitos. Conclusão: A análise da notificação da sífilis gestacional e congênita possibilitou concluir que a transmissão vertical esteve relacionada a perdas de oportunidades diagnósticas e terapêuticas. A elaboração de estratégias para detecção precoce e adesão ao tratamento da doença devem ser adotadas, tendo em vista o fortalecimento da assistência e a quebra na cadeia da transmissão vertical da sífilis, além de se evitar e/ou minimizar os internamentos de crianças em decorrência da sífilis congênita.