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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS E ROTINA ACADÊMICA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: impactos da pandemia de COVID-19
Relatoria:
VIVIAN ANDRADE GUNDIM
Autores:
  • Jhonata Pereira da Encarnação
  • Shauan Keven Rocha Fontes
  • Vanessa Thamirys Carvalho dos Santos
  • Aline Araújo Freitas Silva
  • Rozemere Cardoso de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Estudantes da área da saúde experimentam altos níveis de estresse, alterações psicológicas e fisiológicas, manifestações essas que acometem em maior proporção os graduandos de Enfermagem. Com a pandemia de COVID-19, muitos acabaram por enfrentar alterações na rotina acadêmica, com possíveis implicações nos níveis de ansiedade, estresse, dentre outras formas de sofrimento psíquico. Objetivou-se analisar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC) e os impactos da pandemia da COVID-19 na saúde mental de estudantes do curso de Graduação em Enfermagem. Trata-se de estudo quantitativo, realizado com 146 estudantes de Enfermagem de uma universidade pública do Sul do estado da Bahia. Os dados foram coletados, no período de setembro a novembro de 2020, a partir de questionário eletrônico, incluindo dados de perfil sociodemográfico, perfil acadêmico, a escala Self Reporting Questionaire-20 (SRQ-20) e questões sobre impactos da pandemia da COVID-19. Dentre os resultados de perfil, destacam-se: média de idade de 23,6 anos, maioria do sexo feminino (88,4%), solteiros (84,9%), sem filhos (91,1%), se autodeclararam pardos (45,2%) e residiam com os pais (58,9%). A partir do SRQ-20, a prevalência de TMC foi de 68,5%; frequências mais altas para os sintomas de humor depressivo ansioso, revelando que os sintomas de ansiedade têm sido mais evidenciados nesse público. Apesar disso, é relevante ressaltar que número significativo de estudantes (11,0%) relatou ideias de acabar com a própria vida, evidenciando risco de suicídio. Sobre a pandemia de COVID-19, 63,7% dos estudantes consideraram que esse evento impactou negativamente sua saúde mental. No que se refere aos sinais desses impactos, 80,1% afirmam terem percebido aumento da ansiedade nesse período, 82,9% afirmam sentirem-se preocupados com o futuro e incapazes com relação a ele (28,8%). Com relação às estratégias para redução/manejo do estresse, 32,9% afirmaram não recorrer a nenhum mecanismo, 4,1% afirmaram fazer terapia ou buscarem apoio psicológico especializado. A prevalência de TMC encontrada foi maior comparada aos outros estudos brasileiros já realizados sobre o tema. O estudo evidenciou alta prevalência de TMC e sintomas de ansiedade entre os estudantes, no contexto de adaptação à pandemia e à nova rotina acadêmica, podendo servir como subsídio para a elaboração de estratégias de prevenção de sofrimento psíquico e promoção da saúde mental por parte das universidades.