INTRODUÇÃO: Atualmente, as doenças oncológicas são vistas com grande preocupação pela elevada incidência, prevalência, mortalidade, gastos hospitalares e, acima de tudo, as consequências sobre a qualidade de vida do sujeito, bem como demandas de cuidado para os profissionais de saúde. Apesar da maior possibilidade de controle ou de cura devido os últimos avanços no cuidado dos pacientes com câncer, os tratamentos mais agressivos como a quimioterapia e a cirurgia oncológica implicam diretamente na maior necessidade de recorrer aos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O conhecimento do perfil dos pacientes internados numa UTI incluindo a caracterização sociodemografica e clínica é o ponto de partida, que possibilita o planejamento, criação de instrumentos de avaliação e uma assistência de enfermagem qualificada. OBJETIVOS: Traçar o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes internados em uma UTI adulto de hospital especializado em cancerologia. METODOLOGIA: Estudo descritivo, retrospectivo, em fontes documentais e com abordagem quantitativa dos dados, fizeram parte da coleta 470 prontuários de pacientes com diagnóstico de câncer, internados na UTI adulto, no período entre janeiro e dezembro de 2018. Os dados obtidos foram organizados em planilha Excel e analisados por meio de procedimentos de estatística descritiva. Os resultados foram descritos em números e porcentagem e mostrados em tabelas e gráficos. RESULTADOS: Após análise dos prontuários identificou-se uma população predominantemente feminina 256 (54%), a maioria aposentada 257 (55%), na faixa etária de 60 a 90 anos 283 (60%), procedentes da capital 196 (42%), oriundas do centro cirúrgico 330 (70%), com uma média de permanência de 11 dias , a maior parte, usuários do Sistema Único de Saúde 401(85%), tendo como diagnóstico mais frequente as neoplasias do aparelho digestivo 141 (30%), a maioria não fez uso de drogas vasoativas durante a permanência na UTI 338 (72%), possuía três dispositivos invasivos 136 (29%), não apresentaram lesão por pressão 426 (91%), predominou o procedimento cirúrgico como tratamento oncológico prévio e como desfecho, a maioria recebeu alta para as enfermarias 402 (86%). CONCLUSÃO: Os dados encontrados permitem aos gestores e profissionais de saúde que atuam em UTI, o desenvolvimento de ações fundamentadas nas características da população assistida e suas necessidades.