Introdução: A gravidez é um evento singular e marcante na vida da mulher, provocando alterações psicológicas, hormonais e físicas que preparam o organismo materno para gerar o novo ser. Faz-se necessário compreender este período de medos e angústias, com intuito de esclarecer e nortear a gestante diante das dúvidas e incertezas que envolvem o parto e pós parto. Essa compreensão deve ser refletida nas orientações dadas durante o pré-natal, com objetivo de promover a autonomia da mesma, para que ela vivencie esse momento único com liberdade e segurança e assim, terá plena consciência de suas escolhas, como a via de parto. Objetivo: Analisar como as puérperas idealizavam o parto e como vivenciaram o processo de parir. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa, exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa. As participantes do estudo foram 49 puérperas de todos os Estados do Brasil, acima de 18 anos; no puerpério mediato ou tardio (até 42 dias pós parto). Utilizou-se a técnica de “Bola de Neve”, através de um formulário online no período de outubro a dezembro de 2020. Foi realizada a análise de conteúdo de Bardin (2011) e foram respeitados os princípios éticos e legais. Resultados: Identificou-se que das 49 entrevistadas, 31 fizeram menção a um parto normal, humanizado e respeitoso. Através da análise de conteúdo temático e interpretação das respostas coletadas, emergiram quatro categorias: Idealização do parto; O real igual ao imaginário; Frustração pelo real; O real melhor que o idealizado. A maioria das puérperas entrevistadas eram primíparas e 5 delas demonstraram falta de apoio, escuta ativa dos profissionais de saúde e de algum modo sofreram intervenções desnecessárias, não conseguindo realizar o desejo do parto ideal, sendo, assim, tendo que ser submetidas à cesáreas. Estes fatores que foram apontados, justificam a importância de uma boa escuta e assistência de profissionais de saúde para as mulheres. Conclusão: Conclui-se que a escolha do tipo de parto está associada ao conhecimento que a mulher ter anterior ao momento do parto. Identificou-se que é imprescindível a presença do enfermeiro atenção à mulher no ciclo gravídico puerperal, exercendo a escuta qualificada, ética, respeito e estimulando empoderamento e protagonismo das mulheres, explicar o plano de parto e os direitos destas.