O processo de envelhecimento gera uma série de alterações fisiológicas, entre elas alterações no equilíbrio e na marcha. A diminuição da densidade óssea e da massa muscular, o aumento da instabilidade postural, o comprometimento da capacidade visual e auditiva e o maior consumo de medicamentos, além de riscos ambientais, podem predispor à queda, um grave problema de saúde pública e que representa a principal consequência do desequilíbrio postural. Esse fato gera inúmeras repercussões como fraturas, medo de novas quedas, ansiedade, depressão, restrição prolongada ao leito, hospitalização, dependência para afazeres cotidianos e até óbito. O objetivo do presente estudo é descrever a avaliação de idosos institucionalizados quanto ao padrão de marcha e equilíbrio. Estudo descritivo e exploratório, realizado em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos do interior de Goiás, que teve por população 20 idosos de ambos os sexos com padrão cognitivo preservado. A coleta de dados ocorreu por meio de um formulário construído pelos autores, que abordou seis itens que contemplaram a avaliação do equilíbrio do idoso sentado e durante a marcha, e do padrão da marcha. O estudo possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa CAAE: 74990017.1.0000.5587 de 26 de maio de 2019. Foram avaliados 20 idosos, sendo 80% do sexo masculino, com idade média total de 74,9 anos. Na avaliação do padrão de marcha 65% dos idosos foram classificados com marcha cautelosa e 35% com marcha normal. Para cada item avaliado foi estabelecido uma nomeação entre A e D, em que A representa totalmente instável, B parcialmente instável, C instabilidade no início e D não apresenta instabilidade. Os fatores de avaliação incluídos foram: equilíbrio sentado, com 3 idosos no subconjunto C e 17 no D; levantamento da cadeira, com 8 no subconjunto C e 12 no D; rotação, com 11 no subconjunto C e 9 no D; início da marcha com 3 no subconjunto B, 7 no C e 10 no D; passo/marcha com 1 no subconjunto B, 10 no C e 9 no D; instabilidade do tronco ao andar com 5 no subconjunto C e 15 no D. Percebeu-se que os idosos participantes da pesquisa possuem algumas oscilações nos itens examinados e precisam de avaliação mais apurada para a prevenção de riscos, como o risco de quedas. A realização de frequentes avaliações do equilíbrio e marcha em idosos auxilia na detecção precoce dos indivíduos em risco de quedas e, também, na prevenção desses eventos.