Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
SINTOMAS NO CÂNCER INFANTOJUVENIL: COM A PALAVRA, O ADOLESCENTE E O FAMILIAR
Relatoria:
Lara Adrianne Garcia Paiano Da Silva
Autores:
- Nen Nalú Alves das Mercês
- Luciana Puchalski Kalinke
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Tese
Resumo:
Introdução: A avaliação de sintomas é uma etapa imprescindível no planejamento do cuidado de pacientes oncopediátricos em tratamento quimioterápico e está inserida na Teoria de Manejo de Sintomas, referencial teórico dessa pesquisa. Objetivos: Estudo 1 - Avaliar sintomas do adolescente com câncer internado em um Serviço de Oncologia Pediátrica para tratamento quimioterápico. Estudo 2 – Descrever a experiência de familiares acerca dos sintomas manifestados por crianças e adolescentes com câncer em tratamento quimioterápico. Metodologia: Pesquisa multimétodos realizada em um hospital oncológico paranaense. Estudo 1: Estudo de Casos Múltiplos com 10 adolescentes entre 11 e 18 anos, internados para quimioterapia, entre agosto de 2019 e março de 2020. Foram realizadas três avaliações consecutivas em dois ciclos de quimioterapia com a SSPedi-BR e instrumento complementar. Para a análise, síntese cruzada dos dados. Estudo 2: Estudo qualitativo, exploratório, descritivo com 20 familiares (entre 20 e 50 anos) de crianças e adolescentes em tratamento quimioterápico acompanhados em um ambulatório, entre os meses de setembro e outubro de 2020. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas audiogravadas e na análise utilizou-se o software Iramuteq. Resultados: Estudo 1: Os adolescentes relataram como sintomas mais frequentes: náusea e vômito, falta de apetite, mudanças no paladar, cansaço, alterações no humor, dor e ressecamento labial, e; uso de terapias farmacológicas para o manejo dos sintomas. Estudo 2: Identificou-se a trajetória, experiências, sentimentos e expectativas vivenciadas por familiares no cuidado a partir do diagnóstico de câncer, incluindo experiências durante a pandemia contra COVID-19. Quanto aos sintomas mais frequentes percebidos e relatados pelos familiares, evidenciou-se que foram convergentes com o estudo 1. Para o manejo do sintoma foram relatados o uso das terapias farmacológica e não farmacológica. Conclusão: Os adolescentes relataram sintomas que os incomodavam a partir da percepção e experiência e os familiares, como percebiam os sintomas de seus filhos a partir da experiência no cuidado. Houve convergências no relato dos participantes e congruência com os pressupostos teóricos da Teoria de Manejo de Sintomas. As contribuições dessa pesquisa, estão na possiblidade de transladar para a prática, a avaliação de sintomas, o planejamento do cuidado, respaldados no conhecimento científico para fundamentar o processo e cuidado de enfermagem.