A redução da atividade sexual no processo de envelhecimento, pode estar ligado tanto como um fenômeno biológico, quanto como uma disfunção sexual, contudo a diversidade de fatores envolvidos nesse período da vida é melhor compreendida como consequência de uma transição fisiológica, psicológica e social. Diante da necessidade de mais conhecimento acerca da sexualidade no envelhecimento feminino, o presente estudo visa identificar as mudanças de comportamento desse público e a percepção das mulheres no que se refere à sexualidade. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada a partir de buscas em quatro bases de dados: BVS, Scielo, LILACS e MEDLINE. Foram incluídos todos os artigos indexados no período entre janeiro de 2015 a dezembro de 2019 com delineamento descritivo, quantitativo, transversal e sistemático. Além disso, o critério de idioma foi estabelecido, sendo escolhido textos completos em português. Para exclusão, foram eliminados artigos que não se enquadravam após leitura do tema. Foram encontradas 182 publicações, sendo excluídas 162 conforme os critérios de exclusão, obtendo um total de 14 artigos após filtragem. Assim foram selecionados 12 artigos para leitura na íntegra. Com relação a visão social na perspectiva da sexualidade do idoso, percebe-se que sexualidade na melhor idade é mostrada por preconceito e opiniões negativas, fazendo com que a sociedade aja com atitudes de repreensão social. Quanto a qualidade de vida sexual das mulheres idosas, as alterações no corpo da mulher tais como a flacidez tegumentar, o embranquecer dos pelos, a perda da dentição, as doenças crônicas associadas e ganho ponderal podem acentuar pensamentos negativos de baixa autoestima, ansiedade e depressão, conduzindo as mesmas à insatisfação com a própria aparência, o que as levam a diminuição ou ausência nas relações afetivas com o outro. No olhar da enfermagem, é imprescindível a preparação e o suporte aos idosos acerca das modificações envolvidas na plasticidade do corpo e dos fatores biológicos que interferem na sexualidade. Assim, entender a sexualidade como parte integrante da personalidade do ser humano e como uma necessidade humana básica poderá contribuir para a qualidade de vida das idosas e para a qualificação do atendimento. Percebeu-se que tal como ocorre em vários seguimentos da vida da mulher, a sexualidade ainda é pouco explorada pelos profissionais de saúde, perpetuando a conotação de tabu e pecado sobre sua manifestação.