LogoCofen
Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA NO ESTADO DO AMAPÁ
Relatoria:
Fabricia Luane da Silva Santos
Autores:
  • Alana Corrêa Santos
  • Luiza Soares Pinheiro
  • Matheus Lopes dos Santos
  • Dheise Ellen Corrêa Pedroso
  • Nely Dayse Santos da Mata
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser adquirida por contato sexual ou congênita, do tipo vertical, na qual a infecção é transmitida da mãe ao feto. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da Sífilis gestacional e Sífilis Congênita no Estado do Amapá. Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e epidemiológico, com abordagem quantitativa, a partir dos dados contidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), coletados por meio da base de dados do DATASUS. Os dados foram coletados em junho de 2021, a população do estudo constitui-se dos casos notificados no estado entre os anos de 2010 a 2020. Resultados: No estado do Amapá, foram notificados 1.727 casos de sífilis em gestantes e 841 casos de sífilis congênita no período estudado, identificou-se um crescente aumento nas duas condições especificamente nos anos de 2018 e 2019, com a notificação de 609 casos de sífilis gestacional, e 218 casos de sífilis congênita. Em relação às características sociodemográficas, na sífilis gestacional verificou-se maior prevalência em mulheres na faixa etária de 20 a 29 anos (48,87%), com o ensino fundamental incompleto (23,16%) e consideradas pardas (75%), assemelhando-se aos dados da sífilis congênita, cujas mães tinham entre 20 e 29 anos (51,24%), ensino fundamental incompleto (24%) e declaradas pardas (75,9%). Ademais, outro demonstrativo importante da sífilis gestacional é que 48,87% das gestantes foram diagnosticadas no 3º trimestre gestacional e 44,52% teve a classificação clínica da sífilis ignorada. Destaca-se também, 14 casos de natimortos por sífilis congênita, notificados exclusivamente em 2019 e 2020. Conclusão: O aumento dos casos, com características prevalentes semelhantes, demonstra que uma parcela específica da população se encontra mais vulnerável que as demais, a citar as mulheres jovens e com baixa escolaridade. Também evidenciou-se fragilidades no atendimento pré-natal, uma vez que o diagnóstico tardio da doença é expressado como principal fator para a sífilis congênita, fomentando a importância de discussões acerca da educação em saúde, como método para aproximação desses indivíduos com os serviços de saúde, e maior atenção do profissional, na prática, sobre a utilização dos protocolos de diagnóstico e tratamento de ISTs, buscando prevenir novos casos de sífilis congênita e seus agravos.