O sexismo são ações que promovem o preconceito e que acarretam uma discriminação dirigida às mulheres pela desvalorização do sexo feminino, que são consequência de ideias milenares e estereotipadas apoiadas por instrumentos legais, médicos e sociais que as normatizam. A enfermagem por ser em sua maioria composta por mulheres, traz consigo inúmeros preconceitos e estereótipos que foram durante a história determinados e reforçados. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo identificar os desafios dos profissionais de enfermagem perante os estereótipos sexistas. Trata-se de um estudo de revisão de literatura narrativa de caráter qualitativo. Os critérios de inclusão foram à seleção de textos nacionais, já os de exclusão foram textos com mais 20 anos publicação. Quanto ao levantamento bibliográfico, foram utilizadas bases de dados como Scielo e LILACS. O levantamento bibliográfico ocorreu no período de julho e agosto de 2021, no qual foram encontrados 15 artigos, que após uma leitura exploratória, foram selecionados 5 artigos para confecção do estudo. No que diz respeito aos resultados foi observado que antes da chegada de Florence Nightingale a enfermagem era exercida por dois grupos, um grupo era formado por mulheres bêbadas, leigas e prostitutas, o outro grupo era composto por mulheres religiosas e caridosas. Com o intuito de transformar a imagem que as pessoas possuíam sobre a enfermagem, Florence criou a primeira escola para enfermeiras. Contudo a sociedade ainda enxerga a enfermeira com uma visão dualista, na qual uma é uma irmã de caridade e a outra uma prostituta. Perante a isso, a imagem da enfermeira é frágil, sendo submetida a piadas que reforçam esse estereótipo sexista. A enfermagem tem o direito de não ter sua imagem profissional relacionada a imagens depreciativas. Entretanto, é rotineiro que durante as pesquisas em sites de buscas com a palavra “enfermeira” e “nurse”, seja encontrado fotos e desenhos no qual mostram a profissional de forma depreciativa e erotizada, e consequentemente induzindo o leitor a enxergá-la como um objeto sexual. Além disso, a enfermagem originou-se do pensamento na qual a enfermagem cuida, ela não cura. Essa situação corresponde à primeira hierarquização, na qual a enfermagem se submeteu a ser auxiliar da medicina. Os profissionais de enfermagem têm sofrido com os estereótipos sexistas estruturados em nossa sociedade. É notória a necessidade de mais pesquisas e medidas para combater os desafios discutidos.