INTRODUÇÃO: A Higienização das Mãos (HM) apresenta diversas finalidades entre elas remover sujidades, células descamativas e microbiotas da pele, interrompendo a transmissão de infecções de contato e prevenção e redução de infecções oriundas de transmissões cruzadas. É a medida individual mais simples e efetiva para prevenir a as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Diversos produtos podem ser utilizados para HM como sabonete comum e os anti-sépticos (álcool, clorexidina, iodo e triclosan), a escolha do produto adequado está relacionado ao modo de ação, a ação antimicrobiana e os problemas decorrentes do seu uso. Embora as evidências científicas apontem para a relação do aumento da HM e a redução das taxas de IRAS, as taxas de conformidade e de adesão permanecem baixas. A taxa geral de adesão à HM tem sido em torno de 40%. Diante desse contexto, emergiu a necessidade de criar e implementar o Projeto Mãos Limpas. OBJETIVO: Relatar a experiência da implementação do Projeto Mãos Limpas em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). METODOLOGIA: Trata-se de um trabalho descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência desenvolvido em uma UTI do Hospital Regional Público no Estado do Pará referência no atendimento em COVID 19, no período de maio a julho de 2021. RESULTADOS: O Projeto Mãos Limpas foi criado pela equipe de enfermagem e emergiu da necessidade de melhorar a adesão da HM entre os profissionais de saúde da UTI. Durante a assistência foi verificado que por diversas vezes os dispenses de álcool em gel do setor ficavam vazios e a reposição do produto não era imediata. Diante desse contexto, foi idealizado a criação de uma placa verde e amarela de tamanho adequado localizado em cada dispense. A cor verde da placa indica que o produto está disponível e incentiva sua utilização e a cor amarela indica que o produto precisa ser reposto imediatamente. Com isso, todos os profissionais de saúde foram orientados quanto a execução e a adesão do projeto. Após a implantação do projeto verificou-se a rapidez na reposição de álcool em gel e aumento na adesão da HM dos profissionais de saúde. CONCLUSÃO: Os produtos alcoólicos são efetivos na HM de profissionais de saúde, têm excelente atividade germicida contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, incluindo patógenos multirresistentes. A disponibilidade do produto e a adesão dos profissionais a HM reduz consideravelmente taxas de IRAS.