INTRODUÇÃO: O câncer é uma doença crônica multicausal, caracterizada pelo crescimento descontrolado de células que provoca alterações no estado metabólico do indivíduo. Considerado como um grande problema de saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento, por ter uma incidência nacional e ser de perfil epidemiológico elevado, tendo grande custo para o governo. Por isso é tão importante entender o processo de morte e morrer, pois, isso torna os profissionais capazes de lidar com fatalidades que venham acontecer nas unidades de tratamento oncológico tornando-os aptos a oferecer assistência. OBJETIVOS: Relatar a experiência vivida na assistência de enfermagem aos pacientes e familiares que se encontram em cuidados paliativos em um hospital público de referência em oncologia em São Luís (MA). METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma enfermeira atuante na área assistencial em uma clínica cirúrgica oncológica em um Hospital de referência em oncologia na cidade de São Luís (MA) que realiza cirurgias eletivas das mais diversas especialidades médicas, além de disponibilizar tratamentos como quimioterapia, ambulatórios e atendimento de serviço de pronto-atendimento. RESULTADOS: Dentre os pacientes elegíveis aos cuidados paliativos a maioria destes encontram-se muito debilitados, por vezes já com perda ponderal importante, má distribuição corporal com presença de edema, nível de consciência alterado além das queixas álgicas importantes, distúrbios eletrolíticos, cujo foco é promover um cuidado direcionado e que não permita que o paciente sinta dor, como também acolher a família que necessita do cuidado individualizado. Familiares e pacientes na maioria dos casos não possuem um grau de instrução suficiente que conduza a uma compreensão adequada sobre os desfechos da doença, o que dificulta o diálogo. CONCLUSÃO: Ainda é difícil ofertar cuidados tão singulares ao paciente e cuidador familiar que vivenciam a experiência dos cuidados paliativos. É imprescindível que os enfermeiros estejam aptos no que tange ao conhecimento da paliação, bem como estejam espiritualmente preparados pois a perda humana não é incomum e, portanto, é doloroso também para o profissional de saúde lidar com situações de fim de vida. Assim, promover uma qualidade de vida ou de morte ao paciente paliativo e seus familiares é algo nobre, recompensador e que vai além do conhecimento científico, e faz toda diferença no processo de cuidar ofertado.