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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
PERSPECTIVAS DE GESTANTES E PUÉRPERAS COM HISTÓRICO DE ABUSO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS SOBRE O PERINATAL
Relatoria:
Leandro Emanoel Barbosa da Costa
Autores:
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: No campo da obstetrícia a assistência para usuárias de substâncias psicoativas apresenta-se poluída por estigmas sociais. Mães usuárias, durante a gestação podem vir a ser consideradas fracas de personalidade e falhas, com incapacidade parental, e tais críticas podem resultar em menor acesso a serviços de saúde, moradia e demais necessidades sociais. A Política Nacional de Humanização define a humanização como um processo de inclusão de diferentes processos de cuidado e gerenciamento através da coletividade, abolindo a hierarquização do conhecimento e relação médico-paciente, buscando autonomia dos sujeitos e coletivos, além de acolher seus pacientes, validando seus saberes. Estudos demonstram resultados favoráveis quando prestado uma assistência de caráter holístico e individualizado, pondo o paciente no centro da atenção. Objetivos: Sintetizar vulnerabilidades semelhantes e opiniões sobre a assistência a partir da perspectiva de mulheres com histórico de abuso de substâncias psicoativas que passaram pelo período gestacional e puerperal. Método: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, que tem como função sintetizar resultados de estudos anteriores sobre o assunto proposto. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed, SCIELO, CINAHL, SCOPUS e Web of Science. Resultados: Os trabalhos selecionados tiveram as suas publicações entre 2010 e 2020. Durante a realização da análise, foram identificados dois eixos temáticos, sendo eles: “perspectiva das pacientes sobre a assistência durante a gestação" e “traumas, barreiras e motivadores”. Conclusão: A partir das percepções de gestantes que durante a realização das pesquisas vivenciavam o consumo de substâncias psicoativas, foi possível compreender os seus contextos de vida, motivações e barreiras para lidar tanto com a gestação, quanto com a dependência química. Em diferentes graus as participantes demonstraram medos comuns, tendo a gestação como uma fase de mudança em suas vidas, podendo ser utilizada como motivadora para reestruturação familiar e social, como também para manutenção do consumo de drogas devido aos estresses advindos daquela situação. Foi observado também que apesar das diferentes localidades de realização dos estudos, os problemas com medidas punitivas, falta de equipes capacitadas para as suas demandas e o estigma social estavam presentes.