Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
REALIZAÇÃO DA TRIAGEM NEONATAL ENTRE CRIANÇAS DE LOCALIDADES RURAIS RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA
Relatoria:
ANNY BEATRIZ COSTA ANTONY DE ANDRADE
Autores:
- Uriel Madureira Lemos
- Evelyne Marie Therese Mainbourg
- Rosana Cristina Pereira Parente
- Maria Luiza Garnelo Pereira
- Fernando José Herkrath
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A realização de testes de triagem neonatal é preconizada para prevenir agravos à saúde do recém-nascido e possibilitar identificação precoce de patologias. A desigualdade de acesso aos serviços de saúde, vigente no meio rural, torna necessário compreender se as crianças ali residentes acessam testes de triagem ao nascer. Objetivo: Descrever a realização dos testes de triagem neonatal entre crianças menores de dois anos residentes em áreas rurais ribeirinhas na Amazônia. Método: Inquérito transversal realizado com o universo de crianças menores de dois anos em 38 localidades rurais ribeirinhas localizadas no território de abrangência de uma UBS fluvial, no Rio Negro, Manaus, Amazonas. Foi aplicado um questionário desenvolvido na plataforma eletrônica REDCap às mães ou responsáveis pelas crianças, com dados referentes aos testes do pezinho, orelhinha, olhinho e coraçãozinho, contemplando também revisão documental relativa à realização, período de coleta, recebimento do resultado e motivos para não realização. Análise descritiva por meio de frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram incluídas 96 crianças. 83 (86,5%) realizaram o teste do pezinho, 70 (72,9%) o teste da orelhinha, 63 (65,6%) realizaram o teste do olhinho e 67 (69,8%) o teste do coraçãozinho. A maioria dos testes foi realizada na primeira semana de vida. Quanto ao recebimento dos resultados dos testes, observou-se que 51 (53,1%) crianças não receberam o resultado do teste do pezinho. Em relação aos demais testes, cujo resultado é imediato, 65,9% receberam os resultados em menos de 15 dias após exame. Entre os principais motivos para a não realização dos testes de triagem neonatal houve a perda de prazo (4,2%), no caso do teste do pezinho, e para os demais testes a não solicitação dos mesmos pelos profissionais de saúde que prestaram assistência à criança (7,3%). Conclusão: Identificou-se uma porcentagem importante de crianças que não realizaram algum dos testes de triagem neonatal, associando-se a uma insuficiente entrega dos resultados. O envio do teste do pezinho para leitura em unidade urbana de referência gerou barreira adicional de acesso aos resultados. Recomenda-se o fortalecimento do vínculo entre serviços de maternidade e atenção primária à saúde, favorecendo a realização dos exames e recebimento dos resultados em tempo hábil, de modo a ampliar a cobertura para crianças de áreas rurais.