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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
A INFLUÊNCIA DOS CUIDADORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SINTOMAS URINÁRIOS E INTESTINAIS
Relatoria:
Luis Gustavo Ribeiro dos Santos
Autores:
  • Ivanda Araújo Matias Issa de Oliveira
  • Gisele Martins
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os sintomas de trato urinário inferior (STUI) e sintomas intestinais (SI) ainda não são valorizados pelos familiares e essa condição pode levar a alterações graves do funcionamento da bexiga, estando associada à permanência dos sintomas até a vida adulta. A capacidade do familiar de cuidar é por vezes deficiente e requer maior atenção de todos que convivem com a criança ou o adolescente. Como tratamento de primeira linha e não associado à terapia farmacológica é indicado a Uroterapia Padrão (UP) no manejo terapêutico dos STUI e SI em crianças e adolescentes. Objetivo: Identificar variáveis socioambientais, psicológicas e comportamentais dos familiares que influenciam no manejo de STUI e SI em crianças e adolescentes. Metodologia: Trata-se de estudo observacional, descritivo do tipo transversal e correlacional com abordagem quantitativa, realizado com famílias de crianças e adolescentes com STUI e SI acompanhadas no ambulatório de Prática Avançada de Enfermagem em Uropediatria (PAEU), de um hospital de ensino do Distrito Federal durante os meses de outubro de 2019 a março de 2020. Para a coleta de dados, primeiramente identificou-se crianças e adolescentes com consultas agendadas no ambulatório. Em seguida, após atendimento, o familiar cuidador foi convidado a participar do estudo. Após verificar os critérios de elegibilidade, foram aplicados questionários que captavam informações do contexto familiar e sociodemográfico. Na análise de dados, estatísticas descritivas e inferenciais foram realizadas. Todos os aspectos éticos da pesquisa foram respeitados. Resultado: A amostra foi composta por 26 familiares, com predominância de mães, cuidadoras principais e com faixa etária de 41 a 50 anos. O predomínio das famílias foi nuclear, constituída de 04 membros. Na amostra, 15,4% (n=4) dos familiares deixaram de trabalhar devido os STUI e SI. A maioria reportou sentimentos negativos e gastavam de 6 a 9 horas diárias para incorporação das orientações de UP recomendadas na rotina de vida da família. A maioria das crianças e adolescentes (n=14) eram acompanhados no serviço por mais de 12 meses e 80,8% dos familiares cuidadores relataram melhora após emprego da UP. Conclusão: Evidencia-se que no âmbito familiar, o aumento da ingestão hídrica e alimentação saudável, redução de alimentos irritantes vesicais, manutenção do lazer e maior tempo gasto para orientação do paciente pelos cuidadores são variáveis possivelmente relacionadas à redução dos STUI.