Introdução: O envolvimento afetivo e/ou sexual entre as pessoas nomeado socialmente como ficar, namorar, noivar e casar, ocorre de forma cada vez mais precoce. Contudo, apesar desta precocidade, não estão isentos da violência em suas amplas dimensões, seja da forma sexual, física, emocional, patrimonial, moral e/ou psicológica. Ao destacarmos a violência no namoro, percebe-se o aumento gradual deste fenômeno, principalmente entre os jovens universitários, constituindo um problema de saúde pública pelos inúmeros efeitos maléficos e marcantes que geram a perpetuação dessa problemática, a qual necessita de maior visibilidade. Objetivo: Identificar os fatores de risco que contribuem para a perpetuação da violência no namoro entre jovens universitários. Metodologia: Consiste em uma revisão integrativa realizada na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde: “relações de gênero”, “violência” e “universidade”, relacionados entre si pelo operador booleano AND, com recorte temporal de cinco anos, para os estudos publicados em inglês, português e espanhol e assuntos principais: violência por parceiro íntimo, estudantes e universidades, obtendo 65 estudos. Com a aplicação dos critérios de exclusão: outros tipos de relacionamentos, delimitação para adolescentes, não atender o objetivo proposto e estudos duplicados, resultou em 10 estudos. Resultados: Os estudos apontaram que dentre os fatores envolvidos na violência no namoro, destacam-se as questões relacionadas à desigualdade de gênero, machismo e patriarcado, bem como aos comportamentos sexuais de risco, pessoas expostas à violência doméstica e intergeracional, negligência e abuso sexual na infância, crianças que crescem com apenas um dos pais. Ademais, tem-se o abuso de substâncias como álcool e outras drogas; e com menos frequência, notou-se a violência associada aos sentimentos de ciúme, insegurança, desapego e baixa autoestima, além das características de personalidade, dificuldade de se comunicar e expressar as emoções. Conclusão: Nota-se a existência de inúmeros fatores envolvidos nos âmbitos biopsicossocial que contribuem ou desencadeiam a violência no namoro. Desse modo, faz-se necessário a implementação de políticas públicas voltadas para essa população, visando à proteção, prevenção e promoção de ações e estratégias, a fim de amenizar e eliminar os determinantes que agravam a perpetuação da violência no namoro que afeta, de maneira significativa, a vida dos jovens.