Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
COMUNICAÇÃO NA ENFERMAGEM DURANTE A ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
BRENDA LUIZA OLIVEIRA DA SILVA
Autores:
- Vera Lúcia Freitas
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Monografia
Resumo:
A OMS define surdez como perda auditiva quase total ou total em ambos os ouvidos, e estimou no ano de 2018 existiam 466 milhões de pessoas no mundo com perda auditiva incapacitante e informou que “a menos que uma ação seja tomada, é provável que o número de pessoas com perda auditiva incapacitante aumente nos próximos anos. ” Minha experiência no campo profissional da saúde contribuiu para a elaboração do tema, onde tive a oportunidade de atender três pacientes surdos, sendo um adolescente e dois adultos, e pude perceber a falta de preparo de toda a equipe profissional em serviço para se comunicar com esses usuários. Dentre os meios de comunicação utilizado pelos usuários, a Língua Brasileira de Sinais, reconhecida como meio legal de comunicação e expressão de pessoas surdas no Brasil (BRASIL, 2002), o uso de leitura labial e o acompanhante como intermediário para comunicar o paciente com o profissional, traduzindo a LIBRAS e a fala. Em nenhuma das 3 experiências foi possível estabelecer uma comunicação efetiva com o usuário, uma vez que nenhum profissional em serviço sabia se comunicar em LIBRAS e a leitura labial foi insuficiente para a compreensão. Essas barreiras na comunicação profissional/usuário impossibilitaram um atendimento de qualidade. O objetivo é investigar as produções científicas em relação à qualidade e os meios de comunicação do profissional de enfermagem com o paciente com deficiência auditiva. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, de abordagem qualitativa do tipo descritivo. Resultados: Foram analisadas 18 produções científicas, publicadas entre os anos de 2005 e 2019. A coleta ocorreu de outubro de 2020 à janeiro de 2021. Foram encontrados artigos em português, inglês e espanhol. A partir dos dados coletados, os resultados foram organizados em 4 categorias: meios de comunicação, experiência do profissional de enfermagem, vivência do paciente com deficiência auditiva na unidade de saúde e sugestões para um acolhimento humanizado. Conclusão: Os profissionais de enfermagem apresentam dificuldades que atrapalham no atendimento ao paciente com deficiência auditiva e estes sentem-se descriminados e excluídos por não poderem usufruir de um acolhimento eficaz da mesma forma que a população ouvinte. Portanto a LIBRAS precisa ser estimulada. Os discentes e maioria dos profissionais de enfermagem demonstraram interesse em aprender sobre as estratégias para se comunicar com o paciente que apresenta deficiência auditiva.