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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
Prevenção de lesões por pressão por máscara PFF2 na pandemia de COVID-19: espuma com silicone adesivo
Relatoria:
Camila Castanho Cardinelli
Autores:
  • Karina Chamma Di Piero
  • Ana Rosa de Souza Pontes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A partir da declaração da pandemia de coronavírus (COVID-19) pela Organização Mundial de Saúde foram instituídos novas medidas preventivas de contágio da doença. Dentre estas medidas, instituiu-se o uso da máscara PFF2 como obrigatoriedade para proteção individual dos profissionais atuantes no combate a COVID-19. O uso deste dispositivo trouxe riscos para a pele destes profissionais devido a necessidade de uso prolongado e contínuo, especialmente, o risco de desenvolvimento de lesões por pressão relacionadas à dispositivo médico. Assim, este trabalho visa descrever as alterações da integridade da pele relacionadas ao uso de máscara PFF2 tipo N95 e descrever ação preventiva de uso de espuma de poliuretano revestida de silicone adesivo. Metodologia: trata-se de estudo observacional qualitativo do tipo relato de casos. Dados coletados em outubro de 2020 em quatro avaliações (Dia 1: avaliação da pele e fotografia antes e depois de duas horas utilizando máscara sem a espuma; Dia 2: avaliação da pele e fotografia antes e depois de duas horas utilizando máscara com a espuma. As duas participantes são enfermeiras, uma negra e uma branca, atuantes na linha de frente da pandemia de COVID-19. Resultados: Por meio da implementação da espuma de poliuretano revestida com silicone adesivo enquanto medida de prevenção de lesão por pressão nas áreas de pressão exercida pela máscara N95, observou-se no exame clínico da pele, ausência de eritema nas regiões de giba nasal e malares (proeminência ósseas da face), melhora do microclima da pele (temperatura e umidade), ausência de dor e ardência referida quando na ausência da espuma para alívio da pressão. Conclusão: O uso da espuma de poliuretano revestida de silicone adesivo aparenta controlar os principais fatores de risco citados como: pressão, fricção, cisalhamento, alteração de microclima, dor e ardência referidas em áreas de contato direto e contínuo com máscara. Contudo, recomenda-se a necessidade de novos estudos clínicos com maior rigor metodológico e robustez a fim evidenciar o melhor método de prevenção. Ademais, reforça-se que a recomendação das literaturas mundiais de alívio de pressão é a descompressão da área a cada duas horas visando-se manter a perfusão e nutrição tecidual ideais.