Introdução: A dor é uma problemática de saúde mundial e sintetizar as evidencias da literatura a respeito desse fenômeno pode balizar os profissionais de saúde em sua atuação. Objetivo: Identificar na literatura às evidências científicas sobre a prevalência e os fatores associados a dor na população brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em janeiro de 2021. A questão norteadora foi “Quais as evidências científicas disponíveis na literatura sobre a prevalência e os fatores associados a dor na população brasileira?”. O levantamento dos artigos foi realizado através das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), utilizando a combinação dos descritores de saúde “estudo epidemiológicos” AND “dor”. Os critérios de elegibilidade pautaram-se nos artigos que fossem inquéritos epidemiológicos, disponíveis na íntegra, gratuitos, publicados nos últimos dez anos, nos idiomas português, inglês ou espanhol e que respondessem à pergunta norteadora. Já os critérios de inelegibilidade foram: relato de experiência, de reflexão, teses, dissertação e artigos repetidos, sendo estes computados apenas uma vez para análise. Resultados: De 84 artigos encontrados, foram selecionados para a revisão 09 artigos. Ao analisar os estudos identificou-se diferentes taxas de prevalências da dor no país, variando entre 4,2% a 50,5% nos brasileiros. Em relação aos fatores associados também se evidenciou diversos fatores desencadeantes para dor na população brasileira, destacando-se o sexo feminino, a faixa etária avançada, a escolaridade baixa, a carga de atividade pesada, o tabagismo, o peso elevado, a percepção de saúde regular ou negativa e outros. Essas diferenças de prevalências e fatores associados podem ter sido ocasionadas principalmente pelo método escolhido para o enfoque das investigações (público, duração da dor, local do estudo e dor estudada). Conclusão: A prevalência da dor no Brasil varia entre 4,2% a 50,5%, podendo este agravo estar associado a diversos fatores tais como o sexo, faixa etária, escolaridade, a carga de atividade, o tabagismo, o peso elevado, a percepção de saúde e outros. Portanto a dor no país também é uma problemática, requerendo esforços dos profissionais de saúde para o diagnóstico e manejo correto afim de evitar o aumento da cronificação da doença na população brasileira.