Introdução: Com o cenário atual as Instituições de Longas Permanecia para Idosos (ILPI’s) sofreram um grande impacto na sua gestão, processos, protocolos e na sua realidade de forma geral. Visto tamanha responsabilidade sobre os gestores da unidade e seus colaboradores é eminente que a enfermagem, que atua na linha de frente da pandemia, sofram com desgaste emocional e danos na sua integridade física e mental. Objetivo: Analisar a sobrecarga e ansiedade da equipe de enfermagem que atuam em ILPIs durante a pandemia do Covid-19. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva e de campo realizada por meio de um questionário online direcionado para 48 enfermeiros que atuam em ILPIs de uma cidade do interior paulista. Foi utilizado instrumento para a “caracterização dos participantes, contendo informações sobre as principais rotinas de trabalho durante pandemia. O instrumento foi construído para a pesquisa, com base na experiência dos pesquisadores, bem como da literatura a respeito, e é composto pelas seguintes informações: nome, profissão, cuidados realizados durante a chegada do ambiente, equipamento de proteção individual utilizados, mudanças na rotina de trabalho, e sentimento em relação a permanência do emprego. Utilizou-se também o Instrumento Maslach Burnout Inventory-Human Sevices Survey (MBI-HSS) é uma ferramenta específica para trabalhadores de saúde, cuja finalidade é avaliar a intensidade da sobrecarga do funcionário. Resultados: Constatou-se que a enfermagem monitorizou diariamente os sintomas da COVID-19 nos idosos, observou-se aumento da sobrecarga de trabalho pelos profissionais, sendo que 75% constataram o aumento da sobrecarga de trabalho,12,5% relataram que houve diminuição da sobrecarga e para 12,5% não houve mudança. Fatores estressores como intensificação do trabalho, medo de contrair a doença e contaminar os residentes, perda de amigos e entes familiares e aumento de número de mortos, elevaram o estresse e ansiedade dos funcionários, no qual afeta diretamente a qualidade do serviço prestado. O nível moderado de Burnout foi encontrado em 54,3% dos enfermeiros. Conclusão: Com a sobrecarga de trabalho e a situação da pandemia, os funcionários foram submetidos a grande níveis de estresse e ansiedade. Os resultados apontam que a maioria dos entrevistados apresentam um grau elevado de ansiedade e moderado para Burnout (esgotamento profissional), confirmando que a pandemia de COVID-19 afetou esses profissionais.