Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL DE PACIENTES COM SÍFILIS GESTACIONAL POR ANO DE DIAGNÓSTICO EM MUNICÍPIO AMAZÔNICO, 2015-2020.
Relatoria:
GILMARA DOS SANTOS NASCIMENTO
Autores:
- Erli Marta Reis da Silva
- Irlaine Maria Figueira da Sailva
- Luana Almeida dos Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução A sífilis é uma doença crônica infectocontagiosa, sexualmente transmissível pelo Treponema pallidum, que acomete principalmente os órgãos genitais. Podendo ser transmitida tanto por via sexual como por via placentária. A sífilis gestacional é tratável e, por conseguinte, a sífilis congênita pode ser evitada. A ocorrência da sífilis gestacional é indicadora de falhas no pré-natal, no diagnóstico ou tratamento. Na ausência de tratamento, a transmissão vertical da sífilis é elevada, podendo alcançar valores próximos a 100% nas formas recentes da doença. Contudo, o diagnóstico e tratamento oportuno são altamente eficazes e reduzem a transmissão vertical em até 97% dos casos. Objetivo: Caracterizar o perfil de pacientes diagnosticadas com Sífilis Gestacional no município de Santarém. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, descritiva, longitudinal. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN-DATASUS). Foram descritas as características epidemiológicas dos casos notificados de Sífilis Gestacional no município de Santarém - Pará, no período de 2015 a 2020. Resultado: Neste estudo foi analisado 559 fichas do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN), de gestantes diagnosticadas com Sífilis. No qual o ano de 2019 teve o maior número de casos 149 (26%), quanto à idade gestacional o terceiro trimestre apresentou 233 (41%), em relação à faixa etária de 20-29 foram 330 (59%), quanto ao grau de escolaridade 134 (23%) possuem ensino médio completo, e quanto a cor foram encontrados 490 (87%) pardos, e classificação clínica de Sífilis Primária 248 (44%) dos casos. Em relação à faixa etária, a predominância encontrada entre mulheres de 20 a 29 anos ressalta a importância e a necessidade de ampliação de triagem e buscas específicas, além de notificação, para essa fase de maior fertilidade. Em relação à etnia, a maior incidência de sífilis gestacional em mulheres pardas pode ser atribuída, em parte, às disparidades socioeconômicas enfrentadas. Conclusão: O estudo mostra que há necessidade de se estabelecer melhorias do acompanhamento pré-natal, da busca ativa, e principalmente, de educação em saúde aos grupos que se apresentam mais vulneráveis a Sífilis Gestacional.